4 etapas para criar um programa de benefícios de sucesso

Ter um programa de benefícios corporativos voltado aos colaboradores rende diversos ganhos para as empresas. Mas o sucesso da iniciativa não depende apenas da sua criação. Na realidade, é preciso implementá-lo pensando em vários detalhes, como a adequação às demandas dos funcionários e o acesso deles a informações sobre a proposta.

Quer entender melhor o que é um programa de benefícios corporativos e quais as etapas fundamentais para colocar essa ideia em prática na sua empresa? Continue a leitura e confira!

Entenda o que um programa de benefícios envolve

Um programa de benefícios para colaboradores é uma iniciativa em que a organização oferece vantagens que representem ganhos suplementares, além do que está previsto em lei, para seus funcionários. Logo, são opcionais, e não obrigatórias.

Via de regra, eles funcionam por meio de pagamentos, cartões, associações ou parcerias. Porém, isso depende do tipo de benefício, como os que apresentamos a seguir:

• financeiros — vale-refeição (oferecido em mais de 80% dos casos) ou vale-alimentação, auxílios combustível e creche, descontos em produtos ou serviços, bonificações, participação nos lucros e resultados, ajuda de custo para trabalho remoto etc.;
• saúde — planos ou seguros, acesso a médicos, dentistas e psicólogos na empresa, reduções em mensalidades de academia e demais opções nessa linha;
• desenvolvimento profissional — cursos, treinamentos, descontos em instituições de ensino, bolsas de estudos, materiais de apoio, mentorias, entre outros;
• bem-estar e equilíbrio — viagens, horário flexível, home office, day off no aniversário e licenças remuneradas são os principais;
• segurança — consultorias com advogados e contadores para tirar dúvidas sobre questões burocráticas, previdência privada, seguro de vida ou educação financeira, por exemplo;
• sociais e culturais — ingressos para peças, filmes ou exposições, valores ou descontos para comprar livros e entradas para espaços de arte em geral.

Veja as vantagens dos programas de benefícios para as empresas

Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), melhorar a cultura organizacional é um dos maiores desafios para esse setor. Ter um bom programa de benefícios ajuda bastante nesse quesito. Afinal, torna mais fácil atrair e reter talentos em razão de uma imagem positiva como marca empregadora.

Há também mais engajamento e satisfação por parte dos colaboradores, o que tende a aumentar a produtividade da organização. Isto é, o negócio obtém um bom saldo em entregas, eficiência, qualidade e, no fim das contas, lucratividade.

Descubra como criar um programa de benefícios de sucesso

Agora que você entende mais a fundo o que é e qual a importância de um programa de benefícios para colaboradores, é hora de conhecer as quatro etapas que demandam atenção para o sucesso da estratégia.

1. Preparação e planejamento

Antes de tudo, é preciso saber que esse tipo de programa está sujeito a regras fiscais, contábeis e legais. Assim, a etapa de preparação e planejamento deve passar pelo entendimento de quais normas se aplicam.

Nessa linha, um dos pontos é diferenciar benefícios corporativos obrigatórios de opcionais. Os primeiros estão definidos na legislação. É o caso de direitos como 13º e vale-transporte. O auxílio-creche, quando a empresa contar com mais de 30 funcionários maiores de 16 anos, e o custeio das viagens de trabalho também são desse grupo.

Ainda, há a ajuda de custo para quem atua em home office, que, apesar de não ter menção direta, está incluída na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Aqui, vale a ressalva de que opções como vale-refeição ou vale-alimentação não são obrigações gerais, mas podem estar em contratos coletivos, convenções ou acordos sindicais, por exemplo.

Contudo, o foco da iniciativa deve ser em outras possibilidades que agreguem aos trabalhadores sem estar previstas em normativas. Além disso, é bom ficar a par do regramento para as vantagens, mesmo que não compulsórias, como plano de saúde ou participação nos lucros e resultados.

Diante desse cenário de alternativas, cabe projetar a demanda frente ao número de funcionários e determinar um orçamento acerca dos gastos com o projeto. Nesse caso, uma boa ideia é definir um valor mensal que a organização está disposta a desembolsar por pessoa.

2. Opções de benefícios

Com base no que foi levantado e projetado na etapa anterior, os limites para o programa de benefícios estão estabelecidos. No entanto, falta definir quais serão as opções oferecidas dentro desse escopo.

A melhor maneira de escolher é compreendendo do que os colaboradores precisam, o que querem e o que valorizam. Por exemplo, quem mora longe e demora demais para chegar ao local de trabalho tende a gostar do home office.

Nessa hora, uma pesquisa ajuda a mapear preferências para fazer uma seleção eficiente. Inclusive, em busca de agradar, muitas organizações optam por disponibilizar pacotes personalizados, em que cada colaborador decide o que quer.

Outra dica é não ficar apenas nas possibilidades óbvias. Pense em alternativas que impactem a equipe e não sejam comuns. A criatividade nessa hora tem grande potencial de satisfazer.

3. Políticas e regras

Outra fase importante para organizar um programa de benefícios de sucesso envolve a definição das políticas e regras que o guiam. Nesse caso, a pesquisa legal feita durante a preparação e o planejamento servirá para evitar erros. Na prática, é necessário estabelecer e documentar:

• requisitos para a concessão;
• processos de solicitação;
• prazos;
• limitações para uso.

4. Divulgação

Um programa de benefícios de sucesso é aquele que gera vantagens para a empresa. Para chegar a esse objetivo, ele deve entregar uma experiência positiva para os colaboradores. Agora, de nada adianta ter um projeto incrível se o funcionário não souber da sua existência.

Portanto, a divulgação é peça-chave para alcançar os resultados esperados. Mais que comunicar à equipe em uma reunião ou aos novos colaboradores no onboarding, é essencial ter uma estratégia de exposição constante com:

• envio de e-mails;
• construção de página na intranet focada apenas nisso;
• produção de conteúdos em um blog e seu encaminhamento por uma newsletter;
• oferta de chat ou de um podcast para tirar dúvidas;
• uso dos demais canais para falar dos detalhes da iniciativa.

Ter um programa de benefícios corporativos é uma forma de engajar a equipe, além de promover mais saúde, bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento profissional a cada colaborador. Porém, lembre-se de que o sucesso da estratégia depende do alinhamento com as demandas dos funcionários.

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