Despesas e Viagens
Isenção de visto para o Japão: tudo o que você precisa saber
Em 2023, um comunicado do governo brasileiro trouxe uma excelente notícia para quem quer visitar ou retornar a um dos países asiáticos mais prestigiados: a isenção de visto para o Japão. Agora, os turistas não precisam mais tirar visto e muito menos pagar por ele. O mesmo vale para os visitantes japoneses.
Contudo, há alguns requisitos que precisam ser atendidos, como a posse de um passaporte eletrônico. Neste artigo, falaremos mais desse importante acordo, o impacto nas relações entre os dois países e as vantagens para os viajantes. Boa leitura!
Entenda a isenção de visto
Desde setembro de 2023, turistas brasileiros podem visitar o Japão sem a obrigatoriedade da emissão de visto. A condição também vale para os japoneses que queiram viajar para o Brasil. Esse acordo de isenção entre os dois países foi realizado em agosto do mesmo ano, com a promulgação sendo oficialmente efetuada um mês depois.
A notícia é ótima para os dois países não apenas pela desburocratização, mas pela eliminação da taxa para a emissão do visto. Agora, viajantes japoneses e brasileiros poderão se concentrar apenas na logística e nos detalhes das suas viagens.
Essa é também uma excelente oportunidade para empreendedores brasileiros visitarem o país asiático para participar de treinamentos, palestras e intercâmbio. Empresas podem colocar o Japão na rota de seus planos de recompensa para férias, por exemplo, incentivando os colaboradores a conhecer uma nova cultura, por meio de uma viagem autêntica.
A isenção do visto para visitantes é um exemplo de acordo internacional realizado com base no princípio de reciprocidade, que implica o direito de igualdade e de respeito mútuo entre dois ou mais Estados.
Conheça os requisitos e limitações da isenção
Desde 30 de setembro de 2023, há a isenção de visto para turistas brasileiros e japoneses para viagens de até 90 dias entre as duas nações. Inicialmente, a medida vale até 29 de setembro de 2026.
Contudo, há alguns requisitos e condições que devem ser respeitados. Essa alteração somente se aplica aos portadores de passaportes brasileiros eletrônicos e que tenham sido emitidos desde 2011. Quem ainda não tem um documento com o chip precisa emitir o visto antecipadamente para entrar no Japão.
É muito importante lembrar que a medida não vale para os brasileiros que queiram entrar no país asiático para trabalhar. Nesse caso, ainda será preciso emitir o seu visto. Para que você não tenha dúvidas antes de viajar, vale a pena ler o texto oficial postado no site da Embaixada Japonesa no Brasil. Destacamos alguns trechos:
A "estada de curta permanência " compreende passeios turísticos, visitas a familiares, trânsito, participação em palestras, reuniões e outras atividades similares, não sendo permitido que os visitantes trabalhem no Japão. Além disso, não é permitido ultrapassar o período de estadia especificado.
Portanto, ao viajar para o Japão com finalidades que não se enquadrem na categoria de "curta permanência", será necessário obter um visto correspondente ao objetivo da viagem.
Informamos também que não serão concedidos vistos de curta permanência (múltiplas entradas) que tenham o objetivo de atender os países que exigem o visto japonês para autorizar o trânsito de estrangeiros em seu país.
Por isso, pedimos que verifique previamente com a representação do país que exige este visto e solicite-o diretamente.
Veja o impacto nas relações Brasil-Japão
O acordo realizado em 2023 celebra um importante marco simbólico: nesse ano, se comemoram os 115 anos da imigração japonesa no Brasil. A isenção de visto é mais um episódio da boa relação e dos laços históricos entre os dois países.
Isso porque essa iniciativa amplia perspectivas econômicas e culturais. É importante notar que a viagem é longa, com voos que levam mais de 24 horas. Um dos motivos que desanimava os viajantes em potencial era a burocracia para conquistar o visto — que não existe mais.
Turismo brasileiro e japonês
À época do acordo, alguns números mostravam a relação entre os dois países. Em 2022, de acordo com dados da Embratur citados em uma reportagem do site do governo federal, 17.635 japoneses visitaram o Brasil. Isso coloca o país japonês na 24ª posição no ranking de nações que exploram o turismo brasileiro.
Já entre os meses de janeiro e junho de 2023, o número subiu para aproximadamente 21 mil japoneses. Note que esses dados se referem a períodos nos quais o acordo ainda não vigorava. Nesse sentido, a expectativa é que o intercâmbio cultural entre as duas nações cresça ainda mais.
Antes da pandemia, mais de 79 mil japoneses vieram ao Brasil em 2019 — e a Embratur trabalha para que esse patamar seja retomado. Também vale a pena se debruçar sobre os números de brasileiros que residem no Japão.
Conforme as informações da publicação “Comunidades Brasileiras no Exterior–Ano-base 2022”, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, mais de 200 mil brasileiros vivem no Japão. Com isso, a nação asiática fica m quinto lugar, atrás apenas de países como Estados Unidos, Portugal, Paraguai e Reino Unido.
Além disso, 93% dos brasileiros que vivem na Ásia estão concentrados no Japão. Quando falamos do outro lado, mais de 2 milhões de japoneses e seus descendentes vivem no Brasil, simplesmente a maior população de origem japonesa fora do Japão. Bairros como a Liberdade, em São Paulo, exemplificam bem esse intercâmbio cultural e os benefícios da isenção de visto para o Japão.
O que é muito importante entender é que essa isenção é ótima tanto para a economia como para as empresas brasileiras. Com ela, os turistas japoneses terão um incentivo a mais para conhecer nosso país e comprar os nossos produtos, contribuindo para uma balança comercial favorável.
Impacto nos esportes
A reportagem no site do governo federal que citamos anteriormente mostra o exemplo da mesatenista brasileira Jessica Yamada, que já defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio em 2021.
Segundo ela, a isenção dos vistos contribui não apenas para o turismo e para o descobrimento de uma nova cultura, mas também beneficia os atletas que querem visitar o Japão para frequentar treinamentos e intercâmbios.
Jessica destaca que o tênis de mesa no país asiático é muito forte, o que oferece oportunidades para os brasileiros que querem aprender mais. Quem ganha com isso não é apenas os atletas, mas a modalidade no Brasil.
Outro esporte no qual o Japão se destaca é o beisebol. Um dos principais jogadores da atualidade é o japonês Shohei Otani, que atua nos Estados Unidos. Recentemente, o Brasil fez uma campanha histórica na modalidade, nos Jogos Pan-Americanos, mostrando haver muitos jovens com potencial. Assim, atletas brasileiros que queiram aprender mais têm a oportunidade de visitar o país asiático.
Por fim, vale destacar que o Japão contrata diversos jogadores brasileiros de futebol e vôlei. Do mesmo modo, times brasileiros estão sempre buscando repatriar atletas que atuam no país asiático. Com essa facilidade de locomoção, eles poderão visitar facilmente um dos dois países e tomar a melhor decisão para as suas carreiras.
Como vimos no artigo, a isenção de visto para o Japão é um avanço, principalmente quando analisamos os laços históricos entre os dois países. Tanto o Brasil como a nação asiática têm belezas naturais, gastronomia rica e diversos outros pontos de interesse para turistas, que contribuem para uma boa experiência aos colaboradores. Nesse sentido, a desburocratização é muito bem-vinda.
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