Controle de Custos Corporativos
Investimento verde: conheça essa tendência no mundo corporativo
“O investimento verde é uma tendência no mundo corporativo atual?" "Esses ativos são realmente rentáveis?" "Quais os riscos envolvidos nessas operações?" "É possível obter ganhos com negócios sustentáveis?” "Quais oportunidades estão escondidas nesse segmento?"
Essas e outras questões passam pela mente de gestores financeiros que entendem como a sustentabilidade tem ganhado importância, mas ainda não dominam totalmente esse nicho do mercado de capitais.
A seguir listamos os principais pontos para tomar decisões financeiras ligadas ao investimento verde. Confira!
Qual é a importância da sustentabilidade nos negócios?
Os meios de adotar práticas sustentáveis no mundo corporativo têm se tornado mais e mais conhecidos à medida que esse tópico se destaca. Isso fica evidente quando 99% dos investidores levam o ESG em conta na hora de decidir onde alocar seus recursos.
Mesmo os consumidores priorizam esse aspecto. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, 50% deles verificam com frequência se um produto foi fabricado de forma ambientalmente correta antes de comprar. Outros 39% deixariam de consumir itens de produtores que cometeram crimes ambientais.
Diante desses dados, a importância da sustentabilidade para o mercado e para os negócios é inegável. No entanto, os empreendimentos precisam ir além quando se trata desse assunto e alocar recursos para essas boas práticas em todas as suas áreas.
Para tanto, gestores financeiros têm um papel-chave, mas necessitam estar aptos a tomar decisões alinhadas com esse quadro. Internamente pode-se citar o direcionamento do orçamento para programas e ações que reduzem o impacto da atividade empresarial na natureza, por exemplo.
Do ponto de vista externo, cabe a construção de uma estratégia de investimento verde. Afinal, ela tem o potencial de gerar rendimentos ao apoiar organizações que contam com a responsabilidade ambiental em suas práticas ou promovem o desenvolvimento de inovações aderentes a esses requisitos.
Como integrar as práticas de investimento verde?
Já que o investimento verde é uma das estratégias financeiras corporativas que melhor se alinham à sustentabilidade e, ainda, é capaz de entregar bons resultados, cabe aos gestores dessa área integrá-las ao seu dia a dia. Veja como a seguir!
Entenda a operacionalização
Os processos que operacionalizam o investimento verde não são diferentes de outras formas de investir. No mercado há corretoras, bolsas de valores, instituições financeiras ou fundos que trabalham com negócios que se encaixam nessa categoria.
Assim, a atenção dos gestores financeiros precisa estar nas companhias, títulos, pacotes ou ações em que se está colocando recursos, a fim de garantir que se enquadram nos critérios que classificam os ativos dessa forma.
Entre os exemplos estão empresas que adotam práticas sustentáveis em sua administração ou que fornecem produtos e serviços ecológicos. Nesse último caso, desde geradores de energia limpa e renovável até fabricantes de bioprodutos estão nessa lista.
Descubra o mercado
Se o investimento verde depende da atividade ou da forma como uma empresa trabalha, o próximo passo dos gestores financeiros que desejam aplicar nisso é conhecer quais são os negócios que estão nesse mercado.
Em relação a bens, produtos ou serviços ecológicos, as áreas de energia, embalagens, têxtil, bioquímica e de papel são algumas das mais promissoras. O ramo da tecnologia também está se destacando nesse cenário ao propor soluções que ajudam a conservar os recursos naturais.
Já os empreendimentos que não trabalham diretamente com isso, mas que são sustentáveis por adotar práticas de gestão com esse objetivo, podem ser identificados pelos relatórios de ESG.
Outra maneira de encontrar essas opções são os índices que medem esse fator. Eles são compostos por ativos de organizações com bom resultado nisso. Um exemplo é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Separe os recursos
Com os ativos que formam uma boa cesta de investimento verde mapeados, é preciso mobilizar os recursos para realizar a transação. Nesse contexto, os gestores financeiros devem conhecer prazos e custos envolvidos para poderem escolher as fontes corretas.
Um bom exemplo são os fundos em que deve-se deixar o valor por determinado tempo para obter um maior retorno, pagar menos impostos ou ter taxas de administração mais atrativas. Nesses casos, a origem do dinheiro a ser destinado não deve ser o que está em caixa para cobrir as despesas necessárias ao funcionamento da empresa.
Crie uma cultura que valorize a sustentabilidade
Ainda que algum investimento verde esteja no pacote de ações da empresa, o direcionamento frequente de recursos para esses ativos depende da construção de uma cultura organizacional que valorize a sustentabilidade.
Em relação à compra de cestas e títulos com essa característica, tal foco passa pelo acompanhamento do mercado, a fim de tornar a tomada de decisão em prol dessas opções, mais fácil. Nesse contexto, tanto o retorno financeiro quanto o impacto ambiental precisam ser considerados.
Uma mentalidade que considera ambos os pontos importantes, começa no dia a dia, por mudanças internas como a adoção de práticas sustentáveis na operação do negócio. Um bom exemplo é optar por voos que geram menos carbono nas viagens corporativas.
Como avaliar os riscos e oportunidades desses investimentos?
O investimento verde, assim como qualquer outro, pode ser uma oportunidade de lucro, principalmente com a valorização de soluções nesse perfil. Entretanto, ele também apresenta riscos ou, ao menos, a chance de uma empresa nessa classificação não entregar um bom resultado mesmo com o segmento em amplo crescimento.
Elementos que tornam um ativo desses mais arriscado incluem a possibilidade de não atendimento a boas práticas de ESG como o descumprimento de legislações ou programas de governança ineficientes. Já os ganhos estão ligados aos efeitos positivos da aplicação de processos sustentáveis.
Os gestores financeiros podem encontrar indícios disso por meio da realização de um processo de due diligence com tal foco. Desse modo, a melhor decisão parte da investigação e análise de um conjunto de informações sobre a companhia ou título, obtidas consultando:
- relatórios de ESG;
- diretrizes internas;
- dados de desempenho;
- pareceres de assessorias especializados;
- tendências de longo prazo sinalizadas pelo mercado;
- regulamentações cabíveis;
- histórico de negociações;
- políticas de avaliação.
Investimento verde é um assunto que precisa entrar no dia a dia da gestão financeira das empresas. Entre boas práticas e cuidados que ajudam nisso, coletar o máximo de informações é fundamental para ter sucesso nesse mercado.
Portanto, siga aprendendo sobre essa temática com o artigo Empresa verde: fique por dentro das suas características, disponível em nosso blog!