Controle de Custos Corporativos

Descubra agora quanto custa um funcionário para a empresa

SAP Concur |

Gerenciar a folha de pagamento é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas. Afinal, é preciso garantir uma remuneração alinhada às práticas do mercado, ao mesmo tempo em que se mantém a saúde financeira do negócio. Por isso, entender previamente quanto custa um funcionário é essencial.

De maneira geral, o custo dos colaboradores para a empresa é bem mais elevado do que os salários pagos. Há, ainda, uma série de obrigações trabalhistas e previdenciárias que precisam ser consideradas. Entre elas, estão as contribuições previdenciárias, férias, décimo-terceiro, benefícios, entre outros.

Ao calcular todos os valores necessários, a empresa consegue tomar decisões melhores em relação à sua estrutura remuneratória. Além disso, contribui para melhorar a previsibilidade sobre o orçamento. Os pontos que precisam ser considerados no cálculo serão detalhados neste artigo. Confira!

Remuneração dos funcionários: quais são os desafios enfrentados pelas empresas?

As relações de emprego exigem atenção das empresas, pois é necessário estruturar a gestão para assegurar boas condições de trabalho e remuneração.

No entanto, essa necessidade não pode ser desvinculada do controle financeiro. É como equilibrar uma balança, alinhando demandas que precisam ser atendidas aos custos que a organização consegue assumir.

A folha de pagamento está relacionada a outros desafios enfrentados pelas empresas. Confira exemplos a seguir.

Atrair e reter talentos

A remuneração, composta pelo salário mais os benefícios, é um fator de atração e retenção de colaboradores. Um dos desafios empresariais é oferecer as condições que satisfazem as expectativas dos funcionários sem comprometer a eficiência financeira do negócio.

Cumprir obrigações

A contratação dos colaboradores exige que a empresa assuma uma série de responsabilidades, como o cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias previstas em lei.

É necessário entender essas exigências e acompanhar mudanças na legislação para evitar riscos decorrentes do descumprimento dessas normas, de processos trabalhistas ou de ou de outros prejuízos financeiros ou operacionais que possam afetar a empresa.

Avaliar o custo real dos funcionários

Para pagar seus colaboradores corretamente, a empresa precisa conhecer quanto custa cada colaborador. Isso inclui não apenas o salário bruto, mas também as demais obrigações bem como a estrutura administrativa ou contratação de serviços especializados.

Ter controle financeiro

Manter a gestão das finanças em dia é fundamental para que a empresa consiga bancar os gastos com contratação de pessoal. Dessa forma, existe a necessidade de manter um fluxo de caixa adequado, fazer provisões financeiras e ter uma gestão eficiente de custos empresariais.

Lidar com a concorrência

Em um mercado competitivo, a empresa precisa oferecer salários e benefícios compatíveis com o seu nicho de atuação. A empresa tem o desafio de se manter atualizada sobre as tendências de remuneração e benefícios para conseguir enfrentar a concorrência por talentos.

Quais são os custos que incidem sobre o pagamento de um colaborador?

Para calcular o custo de um funcionário, é preciso levar em consideração todas as despesas associadas à remuneração. Entre elas, estão o salário, os benefícios, os tributos e as obrigações trabalhistas, por exemplo.

Vejo os principais pontos que precisam ser avaliados, além do salário-base:

  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) patronal: a alíquota é de 20% sobre o salário do funcionário, mas as empresas do Simples Nacional são isentas desse custo, que só é exigido nos regimes Lucro Real e Lucro Presumido;
  • FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço): corresponde a 8% do salário-base;
  • benefícios: podem ser concedidos voluntariamente pela empresa, mas há categorias que têm regras previstas em convenções ou acordos coletivos;
  • horas extras, comissões e adicionais: os ganhos variáveis, caso sejam habituais, podem ser considerados nos cálculos relativos ao pagamento de verbas trabalhistas e rescisórias;
  • férias: a cada 12 meses trabalhados, o colaborador tem direito a férias remuneradas, por isso, é ideal que a empresa provisione 1/12 avos por mês trabalhado;
  • 13º Salário: também corresponde a 1/12 avos do salário devido ao funcionário por mês trabalhado no ano;
  • rescisão do contrato: se a empresa precisar demitir o colaborador, deve pagar os valores referentes ao aviso prévio, saldo de salário, férias proporcionais e 13º salário proporcional, entre outros;
  • Seguro de Acidente de Trabalho (SAT): é um encargo que recai apenas sobre empresas do Lucro Real ou do Lucro Presumido e que corresponde a 3% do salário-base;
  • Salário educação: também só se aplica às empresas do Lucro Real e do Lucro Presumido, com alíquota de 2,5% do salário-base;
  • contribuição para o Sistema S: com percentual de 3,3%, é outro encargo específico para empresas enquadradas no Lucro Real ou no Lucro Presumido.

Além desses custos, vale a pena ressaltar que as empresas ainda têm gastos administrativos com contabilidade, processamento da folha de pagamento e cumprimento de exigências legais. Essas despesas podem abranger, ainda, provisionamentos necessários em caso de litígios trabalhistas. 

Quanto custa um funcionário para a empresa?

Como já foi descrito, o custo de um funcionário vai depender de uma série de fatores, que vão desde o enquadramento tributário da empresa até os benefícios que são pagos. Organizações que estão no regime do Simples Nacional têm algumas isenções em relação àquelas que estão vinculadas ao Lucro Real ou ao Lucro Presumido.

Para um funcionário que recebe um salário-mínimo, como fica a situação e qual será o custo final da empresa? Confira os cálculos na sequência!

Lucro Real ou Lucro Presumido

Nos valores apresentados a seguir não são considerados adicionais e benefícios.

  • Salário-base: R$ 1.320,00
  • 13º Salário: R$ 110,00
  • Férias: R$ 110,00
  • 1/3 Férias: R$ 36,67
  • FGTS: R$ 105,60
  • FGTS 13º e Férias: R$ 11,73
  • INSS (20%): R$ 264,00
  • SAT: R$ 39,60
  • Sistema S: R$ 43,56
  • Salário educação: R$ 33,00
  • Custo Funcionário: R$ 2.074,16

Para empresas nos regimes de tributação do Lucro Real ou do Lucro Presumido, o custo de um funcionário é de pelo menos 57% do salário-base. É preciso apurar, ainda, benefícios e outros adicionais.

Os gastos administrativos e com cumprimento de obrigações acessórios também devem ser considerados. Dessa forma, o custo final pago pelo empregador pode ser o dobro ou mais do que a remuneração básica.

Simples Nacional

Nos valores apresentados a seguir não são considerados adicionais e benefícios.

  • Salário: R$ 1.320,00
  • 13º Salário: R$ 110,00
  • Férias: R$ 110,00
  • 1/3 Férias: R$ 36,67
  • FGTS: R$ 105,60
  • FGTS 13º e Férias: R$ 20,53
  • Custo Funcionário: R$ 1.702,80

No caso das empresas que fazem parte do Simples Nacional, o custo de um funcionário é, pelo menos, 29% acima sobre o salário-base. Isso porque é preciso apurar custos mais específicos, como benefícios e adicionais, sendo que muitos valores extras vão incidir, por exemplo, no valor do 13º Salário e das férias. A estrutura que a empresa dedica ao processamento da folha de pagamento também deve ser levada em consideração.

Analisar todos os dados é indispensável para apurar, com precisão, quanto custa um funcionário. Por isso, mantenha o controle sobre as informações gerenciais, usando um software de gestão. Isso vai facilitar os cálculos e favorecer a tomada de decisão.

O cálculo sobre quanto custa um funcionário pode ser o ponto de partida para gerenciar melhor os gastos da empresa. Aproveite que está em nosso blog e confira 6 dicas para controlar as despesas administrativas de forma eficiente.

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