Controle de Custos Corporativos
9 principais práticas da gestão estratégica de custos
A gestão estratégica de custos é um processo fundamental para a estabilidade de uma empresa no mercado e o crescimento dos negócios. De modo geral, essa prática diz respeito aos procedimentos que parametrizam as despesas.
No entanto, não envolve apenas as atividades internas, mas todos os gastos envolvidos na disponibilização de um serviço ou produto, desde a produção até a venda. Assim, o objetivo central desse tipo de controle é aumentar a lucratividade de uma companhia de maneira inteligente e tática.
Apesar de bastante vantajosa, adotar a gestão estratégica de custos pode ser um desafio. Então, para ajudar nessa missão, conheça algumas práticas que devem ser levadas em conta para implementar essa metodologia na sua empresa.
Por que é importante ter uma gestão estratégia de custos?
Os custos fazem parte dos processos de qualquer empresa. Afinal, todas as organizações têm despesas para que possam operar, também para produzirem e ofertarem seus produtos ou serviços no mercado.
Contudo, é fundamental que exista um bom controle de despesas para garantir a saúde financeira do negócio. Quando não é realizada uma gestão estratégica de custos, a empresa pode ter prejuízos significativos e, inclusive, chegar à falência.
Logo, é preciso monitorar as despesas que ela tem em conjunto com o faturamento que alcança. Assim, é possível adotar medidas para que haja um equilíbrio entre esses valores, garantindo a saúde do negócio e a sua viabilidade.
Tudo isso porque a gestão estratégica de custos permite:
- reduzir gastos;
- minimizar o valor final;
- melhorar a administração das finanças;
- aumentar a competitividade da organização no setor.
Sem falar que as organizações que investem na gestão estratégica de custos podem alcançar o ROI (retorno sobre investimento) mais rápido. Afinal, elas conseguem gerar ganhos maiores ou fazer economias que aceleram esse retorno.
Quais custos precisam ser considerados?
Para fazer uma gestão estratégica de custos, antes você precisa saber quais são esses custos, a fim de que possam ser considerados na hora de fazer cálculos e gerar relatórios, além de tomar decisões. Existem basicamente quatro tipos em qualquer negócio, como você vê a seguir.
Custos fixos
São aqueles que não sofrem variação de acordo com o volume de produção da empresa. Por exemplo: a quantidade de camisetas confeccionadas por uma malharia não gera mudanças no valor do aluguel que ela paga. Ou seja, produzir mais ou menos não aumenta nem diminui um custo fixo.
Custos variáveis
Sofrem a influência direta do volume de produção da empresa, ou então da prestação de serviço realizada por ela. A compra de matérias-primas é um exemplo de custo variável, assim como os custos logísticos e o pagamento de comissão para vendedores.
Custos diretos
São aqueles que têm uma relação direta com o produto oferecido pela empresa, por exemplo, os insumos, a matéria-prima e a mão de obra. Portanto, podem ser percebidos facilmente nas soluções.
Custos indiretos
São o contrário dos diretos. Eles não podem ser identificados de maneira direta nos produtos ou nas soluções oferecidas pela organização. São adjacentes a tudo isso, como a energia elétrica.
Na hora de fazer a gestão estratégica de custos é preciso que esteja muito claro como cada um deles se classifica. Dessa forma, você terá uma previsibilidade das despesas do seu negócio. Além disso, esse conhecimento e a classificação são indispensáveis porque os custos influenciam de forma direta a precificação das soluções disponibilizadas no mercado.
Se não for feito o cálculo preciso de tudo isso, existe o risco de você trabalhar com valores muito baixos que podem não trazer um retorno adequado para o seu negócio. Então, conhecer os custos de produção, bem como as despesas operacionais, é essencial para a precificação de produtos e serviços, a fim de garantir a saúde financeira e a sobrevivência da empresa.
Como adotar a gestão estratégica de custos?
Pode ser desafiador, mas não é impossível. Depois de implementar a gestão estratégica de custos, os processos se tornam rotina e tudo fica mais simples e eficiente. Confira quais práticas devem ser adotadas para otimizar esse aspecto do seu negócio.
1. Relatório Custeio ABC
O custeio ABC é a sigla de Activity Based Costing, traduzindo: Custeio Baseado em Atividades. Na prática, pode ser definido como a mensuração detalhada dos gastos separados por atividade da companhia. Portanto, cada departamento e procedimento relacionado à jornada do produto ou serviço até o cliente final é analisado.
Esse tipo de relatório permite que o gestor tenha uma visão clara em relação aos custos que geram maiores gargalos para a empresa. Com base nisso, você pode decidir a redução, seja por meio da automação ou diminuição de processos.
2. Benchmarking com foco na gestão estratégica de custos
Você também já deve ter ouvido a expressão “um olho no gato e outro no peixe”, certo? O benchmarking é exatamente isso! De modo geral, consiste em uma análise profunda do mercado e das práticas que estão sendo desenvolvidas pelos concorrentes.
O termo é de origem inglesa e significa “referência”. O objetivo é atrelar à empresa as ações que têm gerado mais resultados para outras organizações do setor. Com isso, pode-se melhorar processos, aprimorar a prestação de serviços e a produção de insumos.
Ao aplicar essa estratégia, é possível promover a redução de custos também. Afinal, você otimiza diferentes processos da empresa a fim de reduzir desperdícios, evitar erros e aproveitar melhor o tempo, os insumos e a matéria-prima, o que controla os gastos.
3. Estimativa do custo da concorrência
O principal objetivo da estimativa de custo da concorrência é entender qual é o padrão do mercado e como a sua companhia se encaixa nele. Dessa forma, implementa-se uma observação de outras instituições do segmento por meio de clientes e fornecedores em comum.
Esse tipo de dado dará todas as bases para precificar o seu produto da maneira correta e apresentar o seu diferencial. Também vai permitir verificar se os seus valores estão baixos, o que tende a reduzir a lucratividade e aumentar os custos de produção. Ou se estão altos, o que poderia levar à perda de espaço no mercado para os concorrentes.
4. Monitoramento da posição competitiva
O monitoramento da posição competitiva é caracterizado como uma investigação puramente comercial. A intenção é coletar dados descritivos e completos a respeito das vendas de seus concorrentes, como os custos envolvidos, posicionamento no mercado e seus insumos negociados.
Por meio dessa análise, você poderá identificar gargalos que podem estar prejudicando os processos produtivos ou de distribuição das soluções. Também contribui para a identificação de erros ou falhas que podem ampliar os custos de produção e gerar desvantagem para o seu negócio.
Ao mesmo tempo, a análise traz insights importantes para que você promova otimizações e melhorias no seu negócio. Assim, conseguirá reduzir os custos para que as soluções da sua organização se tornem mais competitivas e lucrativas no mercado.
5. Custeio do Ciclo de Vida
O Custeio do Ciclo de Vida (também conhecido como CCV) vem do termo em inglês Life Cycle Costing. Ele está relacionado com a duração de um ativo, equipamento necessário para a produção.
O CCV pode ser mensurado de diversas formas. Para isso, devem ser considerados todos os gastos relacionados a esse ativo, desde a compra, passando pelos processos de manutenção e a quebra. O ideal é que as despesas, nesse cenário, sejam sempre baixas.
6. Custeio da qualidade
O custeio da qualidade pode ser descrito como os valores envolvidos na elaboração de um produto ou serviço para que atinja a excelência pretendida. Para isso, devem ser ponderados possíveis problemas na operação (como erros, retrabalhos, insumos desperdiçados e outros) e a percepção do cliente final.
7. Mensuração integrada de desempenho
A mensuração integrada de desempenho visa compreender os resultados de todos os processos empregados na empresa, verificando os reais retornos obtidos. Há diversas maneiras de fazer essa análise, como:
- definindo e analisando os indicadores de vendas;
- acompanhando o desempenho dos times internos;
- compreendendo os custos envolvidos nos processos;
- examinando todos os relatórios.
8. Análise de custo logístico
O setor logístico costuma gerar despesas significativas para a empresa. Por isso, é fundamental que ele seja considerado na sua gestão estratégica de custos, inclusive porque influencia a precificação das soluções também.
Nesse caso, é preciso fazer a análise do investimento necessário para o abastecimento da sua empresa, o estoque de insumos, o armazenamento dos produtos finalizados, a distribuição desses itens, entre outros aspectos envolvidos.
9. Custeio-meta
A precificação de um determinado produto ou serviço também deve levar em conta o quanto o mercado está disposto a pagar por ele. É isso o que é levado em consideração na estratégia de custeio-meta. Ela também é chamada de custo-meta e custeio-alvo.
Seja qual for a denominação, consiste em ajustar os custos da produção para conseguir aumentar a margem de lucro, mas mantendo o preço que foi estabelecido pelo mercado. Desse modo, é possível ter um retorno maior e manter a competitividade.
Como implementar a gestão estratégica de custos?
Para implementar a gestão estratégica de custos com efetividade é fundamental contar com a tecnologia. Isso porque as ferramentas tecnológicas aumentam de forma significativa a precisão das ações implementadas.
Você terá o suporte de recursos que vão registrar e coletar dados e informações com o menor risco de erros. Também poderá fazer cálculos precisos, projeções em diferentes cenários, além de elaborar relatórios que facilitam a análise de indicadores de acordo com aspectos que você deseja melhorar no seu negócio.
A tecnologia é capaz de otimizar, automatizar, aumentar a eficiência, reduzir erros e ampliar a confiabilidade nas suas ações e tomadas de decisão. Nesse sentido, o SAP Concur Expense é o melhor aliado.
A plataforma de gerenciamento de despesas da SAP Concur possibilita o completo acompanhamento dos investimentos empresariais. Além disso, é possível classificar os gastos em tempo real, diminuindo as possibilidades de prejuízos.
Por fim, o sistema integra com facilidade todas as equipes e permite que cada membro o acesse por meio de qualquer dispositivo conectado à internet, facilitando as atualizações e os relatórios. Com isso, melhora-se a saúde financeira da organização.
Ficou clara a importância de adotar uma gestão estratégica de custos na sua empresa? Por meio de boas práticas você garante a saúde financeira do seu negócio, aumenta a competitividade dele e promove mais crescimento por meio de maiores retornos com seus investimentos.
Não se esqueça de contar com boas ferramentas tecnológicas para ter mais eficiência na hora de fazer essa gestão. Entre em contato com a SAP Concur e saiba mais sobre as soluções disponíveis.