Fraude e Conformidade

Compliance e ética: entenda as suas diferenças e as semelhanças

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Os conceitos de compliance e ética desempenham papéis vitais na garantia de integridade, responsabilidade e sustentabilidade das organizações. O primeiro envolve o cumprimento de leis, regulamentos e políticas.

Já a ética nas empresas aborda princípios morais e valores que orientam decisões e comportamentos das empresas. No entanto, embora ambos sejam fundamentais, é crucial reconhecer que não são sinônimos.

Ou seja, ainda que o compliance garanta a conformidade legal, a ética vai além, promovendo uma cultura organizacional baseada na integridade, na transparência e no respeito. Compreender as diferentes concepções e aplicá-las é essencial para promover uma conduta empresarial responsável.

Continue a leitura e informe-se. Vamos lá!

O que é compliance?

O compliance nas empresas diz respeito ao conjunto de políticas, procedimentos e práticas adotadas para assegurar o cumprimento de leis, regulamentos, normas e padrões éticos aplicáveis às operações. Na prática, o conceito envolve a implementação de medidas internas para prevenir e detectar condutas ilegais, antiéticas ou “não conformes”.

Além disso, um dos propósitos é garantir transparência e responsabilidade em todas as atividades comerciais. O compliance abrange diversas áreas, como governança corporativa, anticorrupção, proteção de dados, saúde e segurança no trabalho, entre outras.

Os negócios investem em programas de compliance, geralmente, para mitigar riscos legais, institucionais — relativos à reputação, por exemplo — e financeiros, promovendo também uma cultura organizacional de integridade, confiança e respeito às leis e aos valores éticos, como vimos brevemente. Em resumo, o compliance empresarial visa a garantir que a empresa opere dentro dos limites legais e éticos, protegendo os seus interesses e a sua imagem como marca.

O que é ética?

A ética abarca os princípios morais e os padrões de comportamento que orientam as decisões e as ações de uma organização. Ou seja, o termo envolve a adoção de valores, como honestidade, transparência, responsabilidade social e respeito pelos direitos das partes interessadas.

Uma empresa ética busca equilibrar os interesses comerciais com as considerações sociais e ambientais, promovendo relações justas com os clientes, o seu quadro de pessoal, os fornecedores e as comunidades.

Além disso, a concepção prioriza a integridade em todas as interações comerciais, cumprindo não apenas a “letra”, mas também o “espírito” da lei. Uma cultura empresarial ética contribui para a confiança do público, a reputação da marca e o sucesso a longo prazo.

Qual é a importância de compliance e ética para as empresas?

A integração de compliance e ética na esfera corporativa é essencial para promover uma cultura organizacional sólida e responsável. Como vimos — mas vale reforçar —, o compliance garante a adesão legal às leis, aos regulamentos e às políticas. A ideia é proteger o negócio de riscos legais e financeiros, entre outros.

Além disso, o compliance ajuda a prevenir condutas antiéticas, como corrupção e fraude, fortalecendo a reputação da empresa e a confiança das partes interessadas, como dito.

Já a ética vai além do mero cumprimento das normas. A ideia por trás do conceito envolve valores morais e comportamentos éticos em todas as atividades empresariais.

Nesse sentido, estão inclusos o tratamento justo dado aos colaboradores, o respeito aos direitos humanos e a responsabilidade ambiental. Uma abordagem integrada de compliance e ética não só protege a empresa de danos reputacionais e jurídicos, mas impulsiona o engajamento dos talentos, a lealdade dos clientes e a sustentabilidade.

Qual é a diferença entre compliance e ética?

De modo geral, em se tratando das diferenças entre compliance e ética, quando pensamos no primeiro, vêm à mente, por exemplo:

  • o foco na conformidade legal, com o intuito de assegurar o cumprimento das normas;
  • a prevenção de riscos, de modo que o negócio esteja protegido de processos judiciais e sanções;
  • uma abordagem mais prescritiva, com a determinação de procedimentos e regras específicos a serem observados;
  • um enfoque nas normas externas, voltado aos requisitos regulamentares e legais impostos externamente.

Já quando pensamos na ética, vêm à mente, por exemplo:

  • a fundamentação em princípios morais, voltando-se à orientação comportamental além daquilo que é estritamente legal;
  • a prevenção de condutas antiéticas, como vimos, com a promoção de determinados valores, a exemplo de integridade, responsabilidade e honestidade;
  • uma ampliação da abordagem, abarcando, por exemplo, questões relativas a direitos humanos, ambientais e sociais;
  • um enfoque mais voltado a normas internas, refletindo os valores e padrões de conduta do empreendimento.

Qual é a semelhança entre compliance e ética?

Diante do que vimos, é imperativo pontuar também que compliance e ética compartilham o objetivo de promover a integridade e a responsabilidade no ambiente corporativo.

Inclusive, tanto o compliance quanto a ética têm um impacto significativo na reputação da empresa, na confiança conquistada do público e no sucesso a longo prazo, contribuindo para a mitigação de riscos, como abordado. Além disso, os dois exigem comprometimento e adesão de todos os membros da organização.

Como criar uma comissão de ética e um departamento de compliance?

A criação de uma comissão de ética em uma empresa não é tão complexa quanto se pode imaginar. Na prática, é possível seguir estes passos:

  1. defina os objetivos — estabeleça os propósitos e metas da comissão de ética, delineando as suas responsabilidades e a sua autoridade;
  2. escolha membros qualificados — selecione indivíduos com experiência em ética empresarial, em diversidade de perspectivas e em reputação íntegra;
  3. estabeleça políticas e procedimentos — desenvolva diretrizes claras para a conduta ética, incluindo normas de comportamento, denúncias e resolução de conflitos;
  4. treine e conscientize — ofereça treinamentos regulares sobre ética empresarial e promova uma cultura de integridade em toda a organização.

Por outro lado, quando o assunto envolve criar um departamento de compliance, bastam estas iniciativas:

  1. nomeie um diretor de compliance — designe um líder experiente para supervisionar o departamento e as suas operações;
  2. desenvolva políticas e procedimentos — trace diretrizes abrangentes para garantir o cumprimento de leis, regulamentos e padrões éticos relevantes ao negócio;
  3. implemente sistemas de monitoramento — utilize ferramentas e tecnologias para rastrear e avaliar o cumprimento das políticas de compliance;
  4. promova uma cultura de conformidade — eduque e envolva os funcionários em práticas e comportamentos que estejam conforme as normas estabelecidas.

Como vimos, pode-se dizer que ambos os processos requerem comprometimento da liderança, recursos adequados e comunicação eficaz. Dessa forma, será viável garantir a eficácia e a integração na cultura organizacional.

Quais são as consequências de não adotar as práticas de compliance e ética?

Abaixo, elencamos as possíveis consequências da não adoção de boas práticas de compliance e ética. Veja:

  • risco legal — exposição a multas, processos judiciais e sanções regulatórias;
  • danos à reputação — perda de confiança dos clientes, investidores e partes interessadas;
  • impactos financeiros — custos adicionais com litígios, multas e reparação de danos;
  • perda de clientes — fuga de clientes devido a práticas antiéticas e/ou ilegais;
  • dificuldade de recrutamento — complexidade no que diz respeito à atração de talentos em razão da reputação negativa;
  • impacto na cultura organizacional — a deterioração da moral dos profissionais que integram o quadro de pessoal e a desmotivação;
  • consequências sociais e ambientais — danos à comunidade e ao meio ambiente devido a práticas irresponsáveis.

Já no contexto de viagens corporativas, é superimportante conhecer os riscos da não implementação de práticas de compliance e ética. Elas englobam, entre outros aspectos:

  • despesas não autorizadas ou fraudulentas;
  • violações das políticas de viagem;
  • riscos legais devido a práticas antiéticas;
  • comprometimento da reputação;
  • perda de confiança dos stakeholders;
  • impactos nas finanças provenientes de custos adicionais.

Como vimos, compliance e ética são fundamentais para a integridade e para o sucesso das empresas. Além de garantirem a conformidade legal, promovem uma cultura de transparência, confiança e responsabilidade. Portanto, investir em práticas éticas e de compliance não só protege a corporação, mas fortalece a sua reputação e a sua sustentabilidade a longo prazo.

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