Motivação no ambiente de trabalho: cenário de líderes mulheres no pós-pandemia
A pandemia da Covid-19 causou mudanças disruptivas no mercado de trabalho. Apesar de muitas transformações estarem ligadas ao advento de novas tecnologias, algumas delas impactaram negativamente a motivação no ambiente de trabalho, especialmente em relação às mulheres e à liderança feminina nas empresas.
De acordo com estudo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, a pandemia causou um retrocesso de mais de uma década na participação das mulheres no mercado. Tanto que 1 em cada 4 mulheres pensa em abandonar totalmente a carreira profissional para se dedicar mais à vida pessoal.
A pesquisa PNAD contínua, do IBGE, divulgada no site da Folha de São Paulo, também demonstrou que 8,5 milhões de mulheres tinham deixado o trabalho no terceiro semestre de 2020. Portanto, se medidas oportunas não forem implementadas o quanto antes, cerca de 118 milhões de mulheres na América Latina e Caribe viverão na pobreza por conta da pandemia.
Esse cenário é perigoso, já que a situação das mulheres líderes no pós-pandemia é preocupante, o que pode causar uma extrema falta de motivação no ambiente de trabalho. Por isso, é fundamental adotar políticas para manutenção da equidade de gênero nas organizações. Acompanhe mais sobre a situação no artigo de hoje.
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Quais fatores aprofundaram a desigualdade na pandemia?
Vários aspectos contribuíram para aprofundar a desigualdade de gênero nas organizações durante a pandemia da Covid-19. A seguir, conheça alguns deles:
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Aumento da demanda de tarefas domésticas;
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Diferença de gênero para digitalização;
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Aumento das mulheres na linha de frente no combate à Covid;
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Concentração de mulheres em setores com risco à exposição;
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Maior convivência com agressores e potenciais agressores em casa;
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Maior número de mulheres em empregos informais.
Esse cenário também teve efeitos notórios na motivação no ambiente de trabalho, já que muitas mulheres se sentem sobrecarregadas e desamparadas, sofrendo com quadros profundos de doenças psicológicas.
Uma pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP evidenciou que 40,5% das mulheres desenvolveram sintomas de depressão, 34% de ansiedade e 37% de estresse. O estudo ouviu mais de três mil voluntários.
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3 ações para promover a equidade de gênero no trabalho
A situação da mulher no mercado de trabalho ainda estava caminhando a passos lentos antes da pandemia da Covid-19. Era notória a diferença de lideranças femininas nas organizações, em contraposição às masculinas. Porém, o cenário do novo coronavírus acirrou ainda mais esse contexto.
Sendo assim, é o momento de investir em ações para promover a equidade de gênero nas empresas, bem como melhorar a motivação no ambiente de trabalho para o crescimento das mulheres. Abaixo, veja algumas dicas:
1 - Crie oportunidades de aprendizagem para mulheres
As organizações devem aderir às novas oportunidades de aprendizagem para mulheres, levando em consideração a rotina e as necessidades femininas. Dessa forma, o ideal é ter um ambiente dinâmico, flexível, para que as mulheres tenham autonomia no aprendizado e ensino.
2 - Elimine barreiras de contratação
É importante investir na mudança do pensamento da sua organização, principalmente em relação às dinâmicas de contratação. A dica é eliminar as barreiras que prejudicam as mulheres, mesmo que não intencionalmente.
3 - Considere as estratégias de inclusão
A motivação no ambiente de trabalho deve ser garantida com a inclusão de estratégias adaptadas ao momento atual. Sendo assim, lembre-se de promover a segurança das colaboradoras, com ações de proteção contra contágio e adequação à nova realidade.