Entendendo o G do ESG: o que é a governança corporativa na prática?

SAP Concur Team |
Que o assunto ESG está em alta não é mais novidade, não é mesmo? Temos falado bastante sobre o tema nos últimos tempos aqui no blog da SAP Concur. Inclusive, resolvemos destrinchar o que significa cada letra dessa sigla. Existem três principais pilares relacionados ao ES e, agora, vamos abordar a governança corporativa.  
Normalmente, as ações de ESG acabam sendo associadas à sustentabilidade e à preocupação ecológica. No entanto, apesar de envolver o lado ambiental (E) e de desenvolvimento sustentável, a sigla vai muito além, abraçando também os fatores sociais (S) e de governança corporativa (G).
 
Nas últimas semanas, falamos sobre:
Hoje, encerramos nossa sequência de textos sobre cada letra do ESG, com o terceiro e último artigo englobando o G de governança.

O que é a governança corporativa na prática?

De forma simples, a governança corporativa pode ser definida como um conjunto de ações a serem adotadas para fortalecer a cultura da empresa e o controle dos processos internos, mantendo sua responsabilidade, ética e compliance, evitando práticas desleais, posturas inadequadas, fraudes e até corrupção.
 
Além disso, essas medidas ajudam a alinhar os interesses do negócio junto aos sócios, diretores, acionistas, investidores, clientes, fornecedores, comunidade, órgãos de governo e outros stakeholders. Assim, é possível cumprir com as legislações, permanecer em compliance com os órgãos de fiscalização e regulamentação, ter transparência nas conversas e ações com consumidores e colaboradores.
 
Com os temas de compliance, fraudes e corrupção também em destaque no mercado corporativo, essas políticas de governança ganham cada vez mais força. Segundo o relatório “Risco, Governança Corporativa e Compliance”, da Fortune Business Insights, as atividades ligadas à governança corporativa movimentaram, em 2020, cerca de US$ 27 bilhões no mundo. Para 2028, a estimativa é que esse valor chegue a US$ 75 bilhões.
 
No entanto, no Brasil, essas medidas ainda estão em estágio inicial. De acordo com a avaliação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a pontuação das empresas de capital fechado sobre a adoção de programas de governança corporativa é, em média, de 34,6 em uma escala até 100.
 
Leia mais sobre ESG:

Conheça os principais benefícios de implementar boas práticas de governança

Como mencionamos, a governança deve ser aplicada em questões ambientais, sociais e em todos os demais processos, operações e políticas da empresa. Dessa maneira, é possível garantir que tudo ocorra em conformidade com as regras e valores do negócio e de acordo com as normas vigentes.
 
Como consequência, a governança gera inúmeros impactos positivos, como por exemplo:
 
  • Evitar conflitos: vira e mexe, costumamos ver empresas envolvidas em escândalos de corrupção e conflitos. Para evitar tais problemas, os programas de governança ajudam a cumprir as boas práticas.
  • Minimizar fraudes: com uma política clara e estabelecida de governança, é possível diminuir o ímpeto de colaboradores ou diretores que possam cometer algum ato ilícito ou fraude pela empresa.
  • Melhor gerenciamento de riscos: o estabelecimento de ações éticas, sólidas e transparentes faz com que a gestão tenha melhor visibilidade sobre todos os processos e permite controlar melhor os riscos.
  • Valorizar a imagem da marca: por meio da incorporação dos bons valores corporativos, da ausência de problemas, fraudes e polêmicas, a empresa melhora sua imagem e reputação no mercado.
  • Atrair investidores: com a prestação de contas em dia, o não envolvimento em problemas, o compliance com as legislações e as auditorias realizadas à risca, a tendência é aumentar o interesse de investidores.
  • Aumentar o valor da empresa: como consequência dos itens anteriores, a empresa consegue elevar seu valor de mercado e melhorar sua competitividade.

 

Quais as principais diretrizes da governança corporativa?

Para atingir todas essas vantagens, é fundamental também que os gestores, diretores, executivos e líderes de negócios tenham em mente os principais requisitos que devem ser cumpridos dentro de um programa de governança. Vamos a eles:
 
  • Transparência: apresentar e disponibilizar informações de interesse a todos os envolvidos nas operações da empresa, indo além de fornecer apenas os dados previstos por leis.
  • Equidade: este aspecto diz respeito ao tratamento dos colaboradores, fornecedores, clientes e stakeholders, sempre de forma justa e igual, avaliando os deveres, responsabilidades e objetivos, sem se deixar influenciar por outros fatores.
  • Prestação de contas: é preciso prestar contas da atuação em todos os âmbitos, seja financeiro, operacional e outros, de modo claro. Além do que, é importante assumir as consequências por seus atos.
  • Responsabilidade corporativa: aqui é importante cuidar da viabilidade econômica do negócio no curto, médio e longo prazo, levando em consideração os lados financeiro, humano, social, ambiental etc.
 

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