Gestão de riscos financeiros: importância e como identificar vulnerabilidades?
Um dos principais desafios dos CFOs (Chief Financial Officer ou Diretores Financeiros, na tradução) é realizar a gestão de riscos financeiros. De maneira prática, esse gerenciamento está diretamente relacionado às vulnerabilidades e oportunidades de uma empresa com um novo investimento, processo interno e, até mesmo, mudanças do próprio setor de atuação.
Isso significa que uma gestão de riscos financeiros robusta é feita a partir da coleta de uma série de dados que permitem analisar em detalhes a atual situação da empresa e, com base nisso, fazer cálculos estatísticos para compreender a probabilidade de riscos a curto, médio e longo prazo.
Com esses resultados em mãos, os Diretores Financeiros conseguem tomar decisões mais estratégicas para o sucesso do negócios e avaliar com mais precisão a viabilidade de novos investimentos, desenvolvimento de novas soluções ou fechamento de novas parcerias.
No entanto, embora a gestão de riscos tenha ganhado espaço dentro das organizações, apenas 51% das empresas se consideram organizadas para um gerenciamento estratégico dessas vulnerabilidades, de acordo com uma pesquisa da Deloitte.
Diante disso, as corporações precisam entender profundamente esse conceito e a sua importância para conseguirem desenvolver um planejamento robusto. Com o objetivo de te ajudar nesse processo, produzimos este conteúdo completo. Continue com a sua leitura e saiba mais!
Qual é a importância da gestão de riscos financeiros?
Como citado, o gerenciamento de riscos na gestão financeira fornece aos CFOs uma visão holística a respeito da sua empresa, o que inclui fluxos financeiros internos, movimentações do mercado e oportunidades. Por promover esse viés estratégico, a gestão de riscos garante uma série de benefícios às empresas, como:
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Identificação rápida de gargalos financeiros e prejuízos;
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Minimização dos efeitos do mercado sobre o negócio (como crises econômicas e políticas);
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Preparação de toda a operação para possíveis imprevistos;
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Gerenciamento rápido de crises ou situações imprevistas, de modo a reduzir os seus impactos;
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Maior resiliência da empresa e sustentabilidade a médio e longo prazo;
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Otimização de despesas empresariais;
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Novos investimentos são feitos com maior margem de segurança e mais garantias de retornos.
Quais são os principais riscos financeiros?
Agora que você compreendeu o que é e qual é a importância da gestão de riscos financeiros, é momento de entender quais são as principais vulnerabilidades a que todas as empresas estão sujeitas. Confira abaixo:
Risco de mercado
Os riscos de mercado estão relacionados com as movimentações da economia, que fazem com que taxas, juros e cotações flutuem durante o ano, impactando diretamente no comportamento de diferentes setores.
Dentro das empresas, esses riscos afetam a precificação de serviços e produtos, investimentos ou aplicações já realizados, oscilações das negociações e, até mesmo, a inadimplência de clientes (relacionada à taxa de desempregos ou fechamentos de empresas).
Esses riscos podem ser mitigados por meio de um robusto planejamento financeiro, garantindo estabilidade e uma visão mais estratégica da organização.
Risco fiscal
Outro tipo de risco financeiro bastante comum é o Fiscal. Por sua vez, ele está diretamente relacionado às obrigações tributárias da empresa, o que envolve impostos, determinadas certificações, atualizações de documentos e outras responsabilidades legais.
Sabemos que não cumprir com essas demandas gera graves consequências para as organizações, incluindo multas e penalidades. Acompanhar a área fiscal também é uma maneira de mitigar riscos financeiros, garantindo que os seus negócios estejam sempre em conformidade com as legislações.
Risco operacional
Os riscos operacionais são aqueles que acontecem dentro da própria empresa, geralmente provenientes de erros humanos, falhas nos sistemas internos, burocracias em excesso, infraestruturas pouco eficiente, falta de comunicação, fraudes, tecnologias obsoletas e outros.
No geral, esse tipo de risco é um dos mais difíceis de identificar, isso porque são complexos e exigem um grande esforço interno para planejar ações e acompanhar dados, no entanto, é o que gera mais impactos financeiros para as organizações.
Risco de crédito
O risco de crédito está relacionado com a capacidade da empresa de receber os seus devidos valores. Ou seja, trata-se da inadimplência. Isso é muito comum nas empresas que atuam com boletos e organizações que prestam serviços com pagamentos mensais.
Outro fator que está envolvido no risco de crédito é a imagem da empresa aos seus credores, como instituições financeiras. Ao solicitar algum tipo de empréstimo, por exemplo, a organização é avaliada pela sua capacidade de honrar ou não com esse compromisso, o que implica diretamente nos valores dos juros. Nesse cenário, quanto maior o risco, maiores serão as taxas.
Risco de liquidez
Enquanto o risco de crédito estima a taxa de inadimplência, o risco de liquidez analisa a capacidade da empresa de realizar o pagamento dos seus débitos financeiros atuais e, ainda assim, gerar retornos com os investimentos realizados.
Geralmente, o risco de liquidez ocorre pela gestão inadequada do fluxo de caixa, que afeta diretamente nos pagamentos dos salários e benefícios dos colaboradores, por exemplo, e quitação de dívidas com fornecedores, gerando multas e encargos trabalhistas.
Risco cambial
Por fim, temos o risco cambial. Por sua vez, essa vulnerabilidade está presente em empresas que negociam com o exterior, seja vendendo serviços ou produtos, ou utilizando soluções estrangeiras.
Qual é o maior problema nisso? As variações cambiais. Além de envolver diversas taxas, transferências entre moedas acabam ficando 100% refém das oscilações econômicas, que podem representar grandes impactos ao planejamento financeiro inicialmente realizado.
Assista esse vídeo e saiba mais: Jornada da Economia #1: Proteja sua empresa dos riscos econômicos e políticos, com Luís Artur Nogueira
Como realizar o gerenciamento de riscos na gestão financeira?
Para realizar a gestão de riscos financeiros, algumas iniciativas são cruciais, como:
Estude a sua empresa e compreenda quais são as principais vulnerabilidades
O primeiro passo para implementar um efetivo gerenciamento de riscos na gestão financeira é compreender que a sua organização não está imune às variações do mercado. O que isso significa? Os riscos existem para todas as empresas, independentemente do seu setor de atuação, porte ou tempo de experiência no setor.
Isso envolve uma disrupção na cultura organizacional, em que os gestores começam a pensar de maneira mais estratégica e a envolver ativamente a operação, criando uma nova cultura empresarial, voltada à análise e mitigação de riscos.
Nesse cenário, entenda muito bem o contexto que a sua organização está inserida e quais são os seus principais riscos financeiros. Para tal, analise as fontes de receitas da corporação, condições atuais de créditos, dívidas, giro de caixa e outras especificações financeiras. Quanto mais informações forem levantadas, melhor e mais assertivo será o planejamento.
Defina prioridades e a exposição aceitável
Com esses dados em mãos, é momento de categorizar cada tipo de risco. Embora seja financeiro, alguns riscos estão relacionados com as tecnologias utilizadas e, até mesmo, mão de obra ou falta de capacitação do time interno.
A partir do momento que essas vulnerabilidades são mapeadas, é preciso alinhar uma exposição aceitável. Ou seja, até que ponto a sua empresa pode se submeter a esse risco sem que ele gere profundos impactos na saúde financeira da operação.
Para uma tomada de decisão efetiva, os gestores precisam analisar a relação custo-benefício de cada tipo de risco, assim como o preparo técnico do time para lidar com qualquer situação inesperada de maneira rápida e assertiva, oscilações econômicas e período dessa exposição ao risco.
Trace estratégias para mitigar cada tipo de risco
Com o relatório de análise de riscos em mãos, é preciso traçar estratégias para mitigar cada uma das vulnerabilidades encontradas, levando em consideração o grau de exposição aceitável delimitado no tópico anterior.
Nessa fase, os gestores precisam calcular a probabilidade de um risco acontecer e quais são as condições mais favoráveis a isso, assim como as consequências já previstas se cada vulnerabilidade, realmente, se concretizar.
Por sua vez, o planejamento de ações deve possuir não somente estratégias para evitar que esses eventos aconteçam, mas também iniciativas corretivas para minimizar ao máximo as consequências caso eles ocorram.
Além disso, é válido a adoção de algumas ações na própria operação, com o objetivo de tornar os processos internos mais transparentes e, consequentemente, valorizar aspectos como governança e compliance, como:
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Fique atento às suas contratações e prepare muito bem o seu time interno;
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Esteja ciente das condições de todos os contratos assinados pela sua empresa, assim como suas responsabilidades e deveres;
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Acompanhe de perto as suas responsabilidades fiscais e contábeis, assim como o cumprimento de normas relacionadas à Segurança do Trabalho, LGPD e outras legislações;
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Tenha um planejamento orçamentário a longo prazo;
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Acompanhe o fluxo de caixa.
Faça auditorias contínuas
As auditorias podem ser definidas como uma análise mais profunda de todas as atividades financeiras da organização, tendo como base o planejamento de gestão de riscos financeiros.
Com as auditorias, a sua empresa consegue entender se as ações determinadas estão sendo seguidas no dia a dia ou, ainda, se existem quaisquer vulnerabilidades que ainda não foram identificadas.
É válido citar que essas auditorias devem ser realizadas periodicamente, de maneira a garantir a implementação das melhores práticas no seu negócio, assegurar a conformidade da gestão fiscal e financeira e promover as melhores estratégias.
Estabeleça métricas e acompanhe os resultados da operação
As métricas consistem em indicadores-chave de performance (conhecidos como KPIs ou Key Performance Indicators) que permitem acompanhar o cotidiano da operação.
Quando falamos sobre gestão de riscos financeiros, essas métricas estão diretamente relacionadas ao dia a dia da empresa e envolvem desde os fluxos de caixa até as taxas de juros, acompanhamento das variações cambiais e monitoramento do mercado.
O ideal é que a organização conte com especialistas responsáveis em cada ponta que possam monitorar esses indicadores com precisão, de modo a identificar com rapidez qualquer situação que fuja da normalidade e, com isso, implementar ações corretivas ágeis para minimizar os impactos na saúde financeira dos negócios.
Conte com a tecnologia
Por fim, não podemos falar sobre a gestão de riscos financeiros sem citar a importância da tecnologia. Sabemos que o mundo está cada vez mais globalizado e transformado digitalmente.
Para se ter uma ideia, 98% das empresas afirmam que a crise pandêmica acelerou os planos e investimentos em inovação, segundo uma pesquisa realizada pelo CIO em parceria com a IBM.
De maneira prática, ao utilizar a tecnologia para o controle e gestão financeira de uma empresa, os gestores conseguem automatizar todo o gerenciamento do setor, otimizar as atividades burocráticas, minimizar erros e reduzir custos.
Além disso, por meio das ferramentas apropriadas, é possível monitorar em tempo real alguns indicadores estratégicos para o sucesso dos negócios, garantindo a saúde financeira da organização e mitigando riscos. O uso das tecnologias também promovem diferencial competitivo e aumentam a eficiência e produtividade de todo o departamento financeiro, proporcionando sustentabilidade à organização a longo prazo.
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