Cultura organizacional: o que é, benefícios de fortalecer e como aplicar na sua empresa?
Nos últimos anos, temos acompanhado uma mudança profunda na maneira como as empresas se posicionam no mercado e, principalmente, na forma como elas se relacionam com seus times. Isso significa que cada vez mais as instituições estão fortalecendo a cultura organizacional com o objetivo de maximizar seus processos internos.
E esse novo cenário não surgiu do acaso. Os gestores estão compreendendo que as empresas apenas serão impulsionadas se mantiverem valores e objetivos muito bem fixados, assim como disseminados pela operação.
Inclusive, durante a crise pandêmica, muitos gestores conseguiram comprovar isso. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita pela PwC, 69% dos diretores afirmam que a cultura organizacional foi uma grande aliada para adequação da empresa durante a pandemia, assim como resiliência para as alterações ao decorrer da crise.
Embora 41% dos gestores tenham afirmado que, durante a pandemia, foi difícil manter o senso de coletividade da equipe, 73% concordam que uma cultura muito bem alinhada ajuda a impulsionar as iniciativas de mudanças e inovação dentro da organização.
Além disso, 67% dos gestores dizem que a cultura é ainda mais importante do que as estratégias internas e as próprias iniciativas de transformação digital.
Diante disso, entenda abaixo o que exatamente é esse processo, os principais tipos e como implementar no seu negócio.
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Afinal, o que é cultura organizacional?
De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, o termo “cultura” é definido como um “conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social”.
Ou seja, a cultura pode ser entendida como uma visão e ações compartilhadas por determinadas pessoas. Por sua vez, a cultura pode ser cultivada pela nacionalidade, religião, posicionamentos de vida e, até mesmo, no ambiente profissional.
Quando falamos de cultura organizacional, estamos nos referindo a um conjunto de valores que movem uma empresa e tocam os seus colaboradores. É o chamado “senso de pertencimento”.
Nesse cenário, quando uma organização possui uma cultura forte, um funcionário não trabalha apenas por “trabalhar”, “entregar tarefas” ou “bater metas”. Ele tem uma missão muito bem definida, que se encaixa tanto com os objetivos de expansão da empresa, quanto com suas próprias metas pessoais e profissionais.
Quais são os tipos de cultura organizacional?
Na prática, existem diversos tipos de cultura organizacional, como:
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Cultura de poder: basicamente, é um tipo de cultura em que as decisões mais importantes estão centralizadas em um gestor e, normalmente, ele é o dono da empresa. Na operação, os funcionários são desafiados constantemente a competirem entre si, disseminando o senso de individualidade e, muitas vezes, limitando as possibilidades de expansão dos negócios;
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Cultura de Papéis: trata-se do modelo de organização em que os papéis são muito bem delimitados. Na teoria, todos sabem o que fazer e deveria ser um fluxo de trabalho que funciona muito bem. Porém, na prática não é bem assim. Quando não há flexibilidade, os colaboradores se tornam mecânicos, realizando sempre as mesmas tarefas e não têm espaços para crescer, aprender coisas novas, dar ideias, assumir novas responsabilidades e agir com criatividade;
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Cultura de pessoas: consiste em empresas que mantêm processos orientados a pessoas. Ou seja, é uma corporação que valoriza os seus colaboradores, busca deixar espaço para o desenvolvimento pessoal e profissional do time, se preocupa em os recompensar adequadamente, tanto em termos financeiros quanto em reconhecimento, e sempre busca constantes melhorias dos fluxos internos. Geralmente, são empresas que possuem uma cultura de pessoas que implementam treinamentos e se preocupam em disseminar e cultivar aspectos que vão além das atividades cotidianas, como saúde mental, inclusão, diversidade e outros;
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Cultura de Tarefas: por fim, esse tipo de cultura possui profissionais específicos para cada “especialidade” ou tarefa, promovendo a flexibilidade e dando a liberdade criativa que o time precisa. Por não ter um líder focado, nesse processo é um pouco complicado monitorar o desempenho das pessoas, porém, as empresas que possuem esse tipo de cultura podem contar com ferramentas tecnológicas para simplificar as entregas.
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Qual é a importância de fortalecer a cultura de uma empresa?
Ter uma cultura forte e bem definida pode promover uma série de benefícios às organizações, como:
Melhora o ambiente de trabalho
Uma cultura organizacional forte é capaz de guiar os colaboradores em um só objetivo, assim como promover um espaço de trabalho saudável, em que todos não somente conseguem respeitar as suas diferenças, mas também apreciar uns aos outros.
Com isso, os gestores maximizam o ambiente organizacional, minimizando os riscos de qualquer atitude que fira as diretrizes da empresa ou, até mesmo, machuque direto ou indiretamente algum colaborador.
Isso significa que, dentro da corporação, ações racistas, homofóbicas, machistas, capacitistas ou que expressem outros tipos de desrespeitos jamais serão toleradas e os responsáveis também serão devidamente responsabilizados.
Aumenta a retenção de talentos
Outro ponto importante sobre a cultura empresarial é que ela aumenta a retenção de talentos. De acordo com a pesquisa supracitada da PwC, 77% dos gestores e 54% da operação sentem uma conexão pessoal com o propósito da empresa.
Nesse cenário, os profissionais se identificam diretamente com a missão, visão e valores disseminados pela organização, fazendo com que eles se sintam parte de algo muito maior, assim como entendem que o trabalho deles impacta de alguma forma a sociedade.
Maximiza o engajamento dos colaboradores
Elencando o tópico anterior, os colaboradores se sentem mais motivados no cotidiano e possuem mais liberdade de trazer novas ideias, reportar problemas e sugerir mudanças.
Com isso, eles se tornam muito mais engajados com as iniciativas da empresa e aspectos como absenteísmo (ausências) são diminuídos, reduzindo, inclusive, os gastos financeiros das empresas que ocorrem quando problemas do tipo acontecem.
Além disso, o time também se torna mais produtivo e qualificado, sempre priorizando a excelência de suas atividades.
Minimiza riscos
Como citado no começo do artigo, a cultura organizacional é um diferencial competitivo e isso não é por acaso. Quando uma empresa é forte culturalmente, ela consegue apresentar um perfil mais resiliente para suportar as adversidades.
Isso significa que é uma corporação mais flexível e que pode facilmente se adaptar diante de diferentes cenários, minimizando os riscos de grandes perdas financeiras em meio às crises, independentemente de qual seja a sua natureza.
Viabiliza a criação de uma comunicação horizontal
Você já teve dificuldade de conversar com algum dos seus líderes? Isso acontece porque a comunicação da empresa, provavelmente, é verticalizada, em que os gestores assumem um papel muito mais distante da operação, dificultando o acesso e a troca de informações.
Uma cultura organizacional forte, porém, valoriza uma comunicação horizontal, em que todos conseguem interagir com facilidade, seja para tirar dúvidas, apresentar ideias ou reportar alguma situação desagradável.
Aumenta o diferencial competitivo
Diante de tudo isso que já falamos, a cultura aumenta a competitividade da empresa, isso porque ela será conhecida não somente pelos produtos e serviços que comercializa, mas também pelo seu papel junto com os colaboradores.
Para o mercado, isso se torna um forte diferencial para os clientes, fornecedores e investidores, maximizando o desempenho da organização e o seu posicionamento no mercado.
Apoia melhores processos seletivos e minimiza a taxa de turnover
Por fim, uma cultura forte também melhora os processos seletivos. De acordo com uma pesquisa da Robert Half, 80% dos diretores brasileiros já fizeram uma contratação da qual se arrependeram depois.
Nesse cenário, já durante as entrevistas é possível encontrar pessoas que dão um “fit” com a sua empresa e se identificam com a missão, visão e valores internos. Com isso, o tempo de permanência e o desempenho desses colaboradores serão muito maiores.
Leia o nosso E-book: Principais dicas para criar uma cultura de conformidade
Como fortalecer a cultura organizacional de um negócio?
Algumas ações são cruciais para cultivar e fortalecer a sua cultura organizacional, como:
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Defina os caminhos que a sua empresa deseja seguir: o primeiro passo é definir como a sua empresa deseja se posicionar no mercado. Lembra-se dos tipos de cultura que citamos alguns tópicos atrás? Pois bem, é momento de estabelecer quais serão as diretrizes internas que devem ser seguidas e cultivadas pelo seu time;
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Compartilhe e fomente a cultura organizacional: a partir da definição dessa cultura, é momento de compartilhar e fomentar essas diretrizes para todos os colaboradores. Muitas vezes, quando as empresas começam a focar esforços na cultura organizacional, elas precisam mudar profundos aspectos da operação, especialmente corporações que possuem muitos anos de atuação. E, como diz um ditado popular, “crescer dói”. Ou seja, muitos dos seus colaboradores podem estranhar as novas medidas ou, até mesmo, procurarem outras alternativas no mercado por não se identificarem mais com o seu negócio. Porém, não se deixe abater por isso, todo começo é turbulento, no entanto, conforme os seus funcionários absorvem a cultura, eles começarão a ser embaixadores do seu negócio, vestindo a camisa e ajudando na transformação da empresa;
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Estruture seus processos seletivos: é preciso pensar em um processo seletivo robusto, que auxilie a identificar pessoas mais engajadas com a sua cultura e que, provavelmente, permanecerão mais tempo na empresa. Muitas vezes, isso está diretamente relacionado com o reconhecimento que vão além das habilidades técnicas comprovadas e as experiências anteriores. Claro que conhecimento é importante, porém, é preciso analisar também as habilidades comportamentais, como o espírito de equipe, pensamento crítico, criatividade e comunicação;
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Tenha regras expressas e implícitas: a sua empresa precisa se posicionar muito bem aos funcionários e se fazer “entendível”. Por essa razão, é necessário ter regras expressas e difundidas, em que todos os colaboradores conseguem acessar esses termos. No entanto, há determinadas iniciativas que não se pode colocar em um manual de políticas internas, como: “ajude seu amiguinho, quando ele precisar”. Porém, sempre há oportunidades para, mesmo implicitamente, parabenizar atitudes de colaboração no time, inspirando outros funcionários a serem mais empáticos uns com os outros e reforçando o trabalho em equipe;
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Cultive uma gestão forte: o líder sempre será o piloto desse avião. Ele é quem vai guiar o time às melhores soluções e é aquele que possui uma visão ampla sobre a empresa. Por isso, é preciso cultivar uma liderança forte, pautada na sua cultura e muito alinhada com os colaboradores;
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Acompanhe continuamente sua equipe: é preciso sempre acompanhar o desempenho do time e entender se todos estão seguindo a sua cultura organizacional. Caso haja gargalos, dúvidas ou resistências, é necessário compreender o porquê desses cenários e implementar melhorias. Ao monitorar frequentemente a operação, é possível também adotar constantes otimizações, garantindo sempre a maturidade do seu negócio;
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Sempre conte com tecnologias: por fim, conte com o apoio de tecnologias que possam otimizar, diariamente, as atividades do seu time. Quanto menos empenhados em tarefas repetitivas e manuais os seus colaboradores estiverem, mais tempo e energia eles terão para se dedicar a atividades realmente importantes e estratégicas, assim como para criar novas ideias e propor novas soluções.
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