SAP Concur Travel Industry Summit 2021 e o futuro das viagens corporativas: veja tudo o que rolou no evento
No último dia 17 de Junho de 2021, foi realizado o evento online SAP Concur Travel Industry Summit 2021. A edição deste ano contou com vários participantes entre clientes, profissionais da SAP Concur e experts internacionais da indústria de viagens e turismo. Foram horas de conferências e mesas redondas que se converteram em uma experiência educacional fantástica, gerando muito valor e opções de networking para os participantes da indústria de turismo e viagens. Neste artigo, vamos trazer o que de melhor aconteceu no evento. Vem com a gente!
Melhores momentos do SAP Concur Travel Industry Summit 2021
O setor de turismo e viagens, em especial dos passageiros corporativos, foi um dos mercados mais impactados durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Como mencionado por vários conferencistas durante o SAP Concur Travel Industry Summit 2021, a pandemia obrigou que as empresas criassem novos protocolos de higiene e segurança para os passageiros.
Assim, os profissionais do setor de gestão de viagens corporativas estão na expectativa por uma definição sobre o Passaporte Digital de Saúde. Espera-se que seja uma padronização global e as empresas veem com bons olhos a iniciativa da IATA (International Air Transport Association). Em novembro de 2020, a IATA anunciou o desenvolvimento do IATA Travel Pass, um passaporte de saúde digital que inclui o teste de um viajante e certificados de vacinação.
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1. Cenário das viagens corporativas e previsão de futuro
Mesmo com a retomada, o volume de viagens no Brasil ainda é sustentado pelo turismo, com viagens corporativas representando menos de 16%. O mês de abril deste ano foi o mês com maior número de ingressantes no segmento corporativo. Contudo, a maioria dos viajantes corporativos são de grandes empresas, principalmente multinacionais, e estas são mais prudentes e cautelosas, continuando sem perspectiva de data para permitir o retorno de viagens, mesmo com o avanço da vacinação.
Há uma expectativa entre as empresas que o volume de viagens corporativas fique reduzido em até 36% após o fim da pandemia. Este é um dos desafios mais importantes para recuperar a confiança dos passageiros e só é possível mediante a vacinação em massa, medidas restritivas de proteção, higiene e segurança.
No Brasil, a indústria de turismo e viagens enfrenta desafios diferentes da indústria europeia e americana devido à grande diferença do ritmo da vacinação e da quantidade de pessoas imunizadas nessas regiões. No entanto, são desafios que as empresas brasileiras levam a sério, fazendo enormes esforços para garantir a segurança de seus clientes e trabalhadores.
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2. Os aeroportos do futuro e os novos protocolos de segurança
O futuro dos aeroportos foi um dos pontos principais abordados no congresso online SAP Concur Travel Industry Summit 2021. Fazer uma viagem agora implica em ter que apresentar uma série de requisitos que podem tornar a viagem estressante e desconfortável.
O desafio para a indústria é transformar todo esse processo em uma experiência mais agradável, como mencionado por Linda Beckoy - CEO e fundadora do About Partners:
“Tive a oportunidade de viajar para Gana (localizada na África Ocidental) e foi uma experiência bastante complicada, não somente com todos os PCR’s e testes que eu tive que fazer (16 ao total), além de toda a papelada que tive que carregar. Então, pensei que deve existir uma maneira mais fácil de tornar isso menos estressante e um pouco mais agradável."
Portanto, projetos de biometria e identidade digital têm sido acelerados. Eles já foram testados em alguns aeroportos, como o de Congonhas - SP e Santos Dumont - RJ. São projetos em que os clientes podem criar uma identificação digital através da biometria ou reconhecimento facial que, sem dúvida, tornará a experiência mais amigável ao cliente em geral, se pensarmos nos pontos de contato nos aeroportos de hoje em dia.
3. Contexto econômico local no SAP Concur Travel Industry Summit
Um dos pontos importantes relacionados ao Brasil e à América Latina que foram abordados no congresos virtual foi a crise econômica e como o efeito da pandemia está afetando pontos e destinos turísticos no sul do continente.
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou queda de 4,1% em 2020, em relação a 2019, afetado pela pandemia do coronavírus (Covid-19), mas pode-se dizer que o impacto da crise foi superado, se comparado a outras economias emergentes.
O setor de viagens e hospitalidades foi um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus (Covid-19), prejudicado pela forte exposição às políticas de distanciamento social e aos lockdowns.
No Brasil, o turismo registrou uma queda de R$ 55,6 bilhões no ano passado, na comparação com 2019. O setor aéreo foi o que mais sofreu, perdendo pouco mais da metade da média de seu faturamento anual. No período, o setor, como um todo, eliminou 110 mil postos de trabalho, dos quais 87 mil foram em hotéis, agências de viagens e operadoras turísticas.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), os voos foram retomados até janeiro de 2021 com 74,9% da capacidade, em relação ao nível antes da pandemia. Porém, tivemos retorno da queda dos voos diários devido à segunda onda. As empresas demonstraram maior conhecimento para permitir uma retomada mais rápida e, em maio deste ano, a demanda voltou a aumentar.
Segundo Manoel Linhares, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), as medidas do governo voltadas para sustentação do emprego e concessão de crédito ajudaram a evitar perdas maiores no setor, mas a ocupação na rede de hotelaria permanece baixa.
“A ocupação média está em 20% da capacidade total. O hoteleiro precisa de 50% de ocupação para pagar os custos, então, ele teve que diminuir gastos e dispensar funcionário”, justificou Linhares.
“As vendas internacionais estão fracas. No doméstico, beiramos 70% de um ano atrás”, contou Leonel Andrade, presidente CVC Corp, dona da operadora de viagens CVC, ao comentar o prejuízo líquido de R$ 1,151 bilhão no primeiro trimestre de 2020.
A ABIH prevê uma retomada lenta e gradual do setor e aposta numa campanha para convencer o brasileiro a voltar a viajar pelo país. “A recuperação virá pelo turismo regional, de pouca distância, mais rodoviário. A hotelaria está preparada para receber com segurança e os profissionais estão treinados em todos os protocolos para proteger a saúde do turista”, disse Linhares.
Vale ressaltar que medidas urgentes precisam ser tomadas para que o impacto não seja ainda mais significativo, e que o setor esteja ainda saudável para o período de estabilização e de recuperação, aliviando a pressão operacional e salvando empregos.
Saiba mais: 5 passos para a retomada das viagens corporativas com segurança
4. Os pontos importantes a destacar para o futuro da indústria de turismo no Brasil
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Sustentabilidade
A pandemia do coronavírus (Covid-19) prejudicou o turismo brasileiro, mas há uma demanda crescente por uma reinicialização sustentável do setor como um todo. Pesquisas indicam o aumento do envolvimento do consumidor com viagens “sustentáveis” e esse tema foi tratado no Summit.
As viagens sustentáveis ganharam popularidade nos últimos anos, pois as pessoas tentaram mitigar os efeitos negativos do turismo, seja evitando práticas prejudiciais ou compensando-as. Várias grandes agências de viagens estão preparando campanhas destinadas a aumentar a consciência dos viajantes sobre os impactos das viagens.
O turismo sustentável não se relaciona apenas ao meio ambiente, mas ao desenvolvimento econômico e social, podendo ser entendido como a capacidade de reconhecer e gerenciar os impactos por ele causados. Assim sendo, se o turismo for gerenciado de forma sustentável, pode se tornar uma força na geração de empregos e desenvolvimento econômico.
Também é fundamental que as empresas ligadas a viagens e turismo agreguem opções e variantes sustentáveis para sua operação e, assim, deem um passo à frente. No setor de aviação, por exemplo, compensar o carbono é apenas o primeiro passo. Os desenvolvimentos em combustível de aviação e aeronaves sustentáveis são necessários para criar mudanças de longo prazo.
As reflexões, pesquisas e práticas relacionadas à sustentabilidade são de interesse para organizações, sociedade, comunidade, fornecedores, clientes, entre outros.
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Segurança e redução de riscos
Aos poucos, aeroportos e companhias aéreas do Brasil terão que se adaptar à nova normalidade que já está sendo vivida em destinos, como Estados Unidos e Europa. Uma das formas mais importantes de atingir esse objetivo é detectar e controlar os riscos de saúde que as viagens trazem. Alguns desses riscos são:
- Exposição durante o voo ou outro transporte;
- Presença de novas variantes do vírus diferentes do país de origem (por exemplo: variante do Reino Unido, variante brasileira ou variantes africanas ou indianas);
- Diferentes taxas de vacinação da Covid-19 entre locais de partida e destinos;
- Disponibilidade de serviços de saúde locais.
Um exemplo claro é a empresa norte-americana Boeing, que, como parte desse desenvolvimento, tem analisado a eficácia dos controles e quarentenas de passageiros na pandemia em todo o mundo.
Como parte da iniciativa Confident Travel da Boeing, uma equipe de matemáticos está verificando as diferentes opções de detecção e quarentena. O que eles descobriram é que a triagem e os testes podem reduzir os requisitos de quarentena para viajantes internacionais.
Usando uma ferramenta de modelagem recém-desenvolvida, a pesquisa da Boeing revelou várias descobertas importantes:
• Os dados mostram que existem protocolos de triagem tão eficazes quanto uma quarentena de 14 dias;
• Os protocolos de triagem reduzem o risco para o país de destino;
• A triagem é mais benéfica para viagens de áreas de prevalência alta para baixa.
Os resultados levam em consideração vários fatores, incluindo a prevalência da Covid-19 no país de origem e destino, a eficácia da reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR) e testes rápidos de antígenos.
O modelo de triagem de passageiros e os resultados foram validados usando dados reais de testes de triagem de viajantes para a Islândia e Canadá.
É claro que os passageiros devem fazer a sua parte cumprindo os protocolos, exigências e medidas de segurança que as empresas apresentam.
Da mesma forma, as empresas devem fornecer os protocolos adequados não apenas para os passageiros, mas também para seus funcionários e trabalhadores.
Saiba mais: Viagens corporativas: o duty of care vai além da segurança do colaborador
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Recuperação da confiança do passageiro:
Para reconquistar a confiança dos passageiros, é necessário oferecer e manter protocolos de segurança reconhecidos e aprovados pelas autoridades competentes. Ao mesmo tempo, estão a ser implementadas e desenvolvidas novas tecnologias para melhorar ainda mais a segurança dos passageiros e trabalhadores.
Mat Questad, Líder de Operações Sênior da Boeing, mencionou durante o SAP Concur Travel Industry Summit 2021 que a Boeing e outras empresas líderes no setor estão fazendo investimentos gigantescos com o governo dos Estados Unidos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.
O objetivo é garantir aos viajantes os melhores e mais sofisticados padrões de segurança, higiene e detecção de possíveis fontes de infecção durante voos de passageiros e carga.
Mas como isso afeta o Brasil?
É fato que, para atingir o padrão de viagens experimentado nos países mais avançados, ainda é preciso alcançar um nível mais alto de vacinação no Brasil. Mas também é bom saber que existem tecnologias e protocolos desenvolvidos para que possam ser implementados com maior segurança. Assim, quando alguns países retirarem as restrições para passageiros oriundos do Brasil, você poderá viajar com maior liberdade e tranquilidade.
Da mesma forma que a imunização avança de forma mais lenta, a economia local terá uma recuperação mais lenta. A pandemia teve um impacto sem precedentes sobre o consumidor no Brasil, que mudou os hábitos de consumo dos viajantes corporativos. Entretanto, o que podemos esperar quando a pandemia estiver sob controle?
Uma pesquisa recente da Abracorp com clientes corporativos mostrou que 63% das empresas fizeram ajustes em suas políticas de viagens com o início da pandemia. Em mais de 50% das empresas, a política de saúde e higiene terá uma relevância decisiva na escolha dos serviços de viagens. Já 34% apontam para outros aspectos que não incluem preços, livre escolha do viajante e contratos corporativos como critérios para definir a escolha dos fornecedores.
Ou seja, apenas 29% indicam o preço e a liberdade de escolha na decisão de compra como relevantes.
Portanto, espera-se que o crescimento lento, mas constante, acompanhe a recuperação da economia brasileira. Vai ser preciso muito trabalho e cooperação por parte das empresas, governo e clientes para podermos chegar a uma nova normalidade que, sem dúvida, virá com o avanço da vacinação.
A indústria de viagens e turismo e as viagens corporativas serão, sem dúvida, diferentes. Mas, depois dessa pandemia: o que não será diferente?
Conheça mais sobre a SAP Concur
Depois de passear um pouco pelo que foi o nosso evento SAP Concur Travel Summit, vale a pena você conhecer a nossa plataforma de gestão de viagens corporativas: o SAP Concur Travel.
Por meio dele, é possível automatizar processos de envio de recibos e aprovações de reembolsos, gerando melhor visibilidade financeira e economia. Além disso, pode-se realizar o planejamento da viagem, a escolha de voos e a reserva de fornecedores nos locais de destino. Quer saber mais detalhes? Entre em contato com nossos especialistas agora mesmo!