O que faz um controller? Entenda mais sobre essa profissão
Com as profundas mudanças no mercado financeiro, diversos gestores estão buscando compreender não somente o que faz um controller dentro da empresa, mas também a sua importância e como esse profissional pode auxiliar o CFO de maneira estratégica.
Sabemos que a transformação digital, combinada às disrupções desencadeadas pela pandemia e às necessidades de revolução, trouxe uma nova realidade para dentro das organizações, em que todos os setores se viram desafiados a atuarem de forma mais homogênea e inovadora.
Por outro lado, as empresas também entenderam a importância da conformidade, especialmente com o aumento das tentativas de roubos de dados e crescimento das vulnerabilidades de segurança dentro das organizações.
Todo esse cenário tem despertado os CEOs para a criação de equipes mais completas e com um papel muito mais estratégico. Por sua vez, esse pensamento não atinge apenas o time de TI (Tecnologia da Informação), mas também outros departamentos, como o próprio setor financeiro.
Diante disso, entenda abaixo o que é e o que faz um controller, suas principais características, importância dentro da organização e como contratar esse profissional e gerenciar para atender às demandas do CFO.
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Afinal, o que é um controller?
De maneira prática, o controller é uma espécie de gerente ou diretor de controladoria contábil. Na prática, esse profissional tem a missão de cuidar de toda a área fiscal da organização e responde ao diretor financeiro (CFO).
O que faz um controller?
Quando falamos sobre o que faz um controller, algumas atribuições deste profissional que podemos citar são:
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Gerencia toda a documentação fiscal da empresa;
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Fiscaliza a regulariza os processos tributários;
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Analisa estrategicamente os balanços;
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Zela pelos custos da organização;
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Monitora a performance da empresa;
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Acompanha os resultados financeiros, fiscais e tributários;
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Garante conformidade com todas as leis e normas fiscais, tributárias e financeiras vigentes;
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Auxilia em projeções financeiras, fiscais e tributárias.
Qual é a diferença entre um controller e um contador?
Frequentemente, os gestores confundem o papel do controller e do contador. Embora pareçam semelhantes ou até o mesmo cargo, ambos os profissionais desempenham funções diferentes dentro da organização.
Como citado, o controller tem um peso muito mais estratégico. Ele é responsável por auxiliar e direcionar a visão do negócio, assim como a elaborar planejamentos de expansão da empresa. Para tal, o controller analisa todos os balanços produzidos de maneira muito mais detalhada.
Já o contador, em grande parte das empresas, é o responsável por elaborar esses relatórios que, mais tarde, serão visualizados pelo controller. Por sua vez, esses contadores podem ser analistas, assistentes ou gerentes, porém, eles sempre vão responder a um controller dentro da empresa.
Qual é a importância de um controller para a organização?
Agora que você entendeu o que faz um controller, confira abaixo alguns benefícios que esse profissional pode trazer ao seu negócio.
Garante governança e conformidade
A governança e conformidade é uma demanda crescente no mercado. As organizações estão buscando se adequar a essas iniciativas tanto para minimizar riscos internos (como paradas na operação ou sanções legais), quanto para atender aos desejos do público e dos próprios investidores.
Para se ter uma ideia, segundo um estudo da McKinsey & Company, os clientes estão mais preocupados com as questões de ESG e pressionam as corporações para alcançarem padrões mais elevados de governança social, ambiental e corporativa.
Nesse cenário, um controller pode garantir padronização de todo o processo financeiro e fluxos mais transparentes na operação, minimizando quaisquer chances de fraudes, escândalos, desvios de verbas ou procedimentos que não estejam de acordo com as políticas da empresa.
Ao atender as legislações vigentes, o controller também evita que a organização responda judicialmente por alguma irregularização e sofra danos graves, tanto financeiros, quanto éticos, que prejudiquem a imagem dos negócios para clientes, fornecedores e investidores.
Promove uma visão estratégica ao negócio
Ao analisar todos os dados contábeis e fiscais de maneira estratégica, o controller consegue desenvolver uma visão generalista e abrangente a respeito da organização.
Com isso, esse profissional possui dados e informações suficientes para desenvolver planos de negócios muito mais contundentes e apropriados para o crescimento da empresa.
Aqui é válido citar que, embora o controller desenvolva uma visão mais holística, ele é responsável por criar planos mais direcionados, que atenda às necessidades específicas da organização ou de setores distintos, que estejam em processo ou não de expansão, porém, precisam de atenção.
Dependendo do porte da empresa, é possível criar planejamentos orientados à cada filial ou região que a organização atua, se adequando às características desse tipo de negócio e às carências apresentadas nos balanços e relatórios.
Permite projeções financeiras
Com base em todos os relatórios, esse controller também ajuda a estipular projeções financeiras.
Desse modo, tanto o setor fiscal quanto o departamento financeiro conseguem ter uma compreensão do que espera a empresa no futuro com base no que está sendo gerado no presente, assim como é possível melhorar os resultados daqui alguns meses ou anos.
O diferencial dessas projeções é que elas não somente consideram os relatórios financeiros, como gastos corporativos, viagens, reembolsos ou manutenção da operação, mas também todas as outras despesas fiscais e contábeis, assim como os impostos envolvidos, gastos com documentações e outros investimentos.
Nesse cenário, o controller tem uma visão muito mais generalista para projetar cenários e atuar ativamente para implementar melhorias.
Viabiliza a criação ou modificação dos planos de negócios
Com toda a bagagem analítica citada nos tópicos anteriores, a atuação de um controller dentro da sua organização viabiliza a criação de planos de negócios mais sólidos e adequados à realidade da sua empresa.
Além disso, caso a sua organização já conte com um planejamento empresarial, os dados mapeados podem sustentar as modificações desse plano para garantir uma atuação muito mais sustentável da organização.
Simplifica melhores tomadas de decisões
Além disso, o controller simplifica as tomadas de decisões, independentemente de qual seja a natureza. Isso é possível porque esse profissional tem posse de dados atualizados e extremamente estratégicos, o que viabiliza uma posição muito mais analítica.
No entanto, não somente o próprio controller consegue tomar melhores decisões, mas também o CFO e o CEO, criando uma cadeia mais sólida de troca de informações que norteiam o andamento e a expansão da organização.
Analisa os ciclos operacionais da empresa e apoia a adoção de melhorias
Como citado, uma das responsabilidades do controller é garantir que toda a empresa esteja em conformidade fiscal, financeira e contábil.
Por essa razão, esse profissional sempre está muito atento aos ciclos operacionais e, quando necessário, ele sugere e apoia a adoção de ações que melhorarão esses processos, garantindo resultados mais contundentes a toda a cadeia financeira da organização.
Identificar oportunidades de negócios por meio de uma profunda análise do mercado
Por fim, por meio da atuação do controller, as organizações podem identificar melhores oportunidades de negócios no próprio mercado, sejam elas possibilidades de expansão, aberturas de novas filiais, lançamentos de novos produtos, trocas de fornecedores e outros.
Como o controller pode atuar em concordância com o CFO?
Se você já conhece o cargo de CFO (Diretor Financeiro), deve ter achado a atuação do controller bastante parecida, não é mesmo? Afinal, ambos os profissionais atuam de maneira analítica e visam garantir alta performance das organizações, certo?
Bom, de certa maneira sim. Porém, é preciso compreender que o controller responde diretamente ao CFO. Ou seja, os departamentos contábil e fiscal são apenas “ramificações” do gerenciamento financeiro e estão sob responsabilidade do CFO.
Diante disso, para que o controller trabalhe em conformidade com o CFO, em primeiro lugar, é preciso de um planejamento robusto do próprio diretor financeiro, assim como a criação de políticas claras, objetivas e completas.
Por meio dessas iniciativas, a empresa consegue consolidar uma gestão transparente, em que a ética e a idoneidade serão fundamentais para o sucesso de qualquer departamento.
Além disso, é crucial que o controller e o CFO atuem juntos, alinhando continuamente a visão do negócio à realidade da empresa mapeada nos balanços financeiros.
Como contratar e treinar um controller?
Você deseja tornar a sua área financeira mais robusta e contratar um controller? Veja abaixo algumas dicas que podem te ajudar nesse processo.
Não desconsidere um bom currículo
Dizem que a “boa impressão é a que fica”. No mundo dos negócios, porém, especialmente quando falamos sobre recrutamento e seleção, o ditado deve ser outro: “um bom currículo, é o que fica”.
O primeiro passo para garantir a contratação de um profissional excelente e que atenda às necessidades da sua empresa é a análise do currículo.
O ideal é que esse candidato tenha estudado algum curso da área financeira, como Ciências Contábeis, Administração e Economia, isso porque ele terá um conhecimento teórico bastante robusto a respeito da sua atuação no mercado de trabalho.
Outro ponto de atenção é a análise das experiências anteriores. O cargo de controller é bastante específico e exige a atuação de um profissional preparado para lidar com os balanços da empresa, com capacidade de interpretar esses dados e propor medidas inovadoras para manter a alta performance da organização.
Para tal, é importante que esse candidato tenha experiências anteriores com a área de finanças e contabilidade, especialmente em cargos de nível sênior. Nesse caso, é crucial também adequar os requisitos às necessidades e realidade da sua empresa.
Analise as competências socioemocionais
Nem apenas de hard skills (competências técnicas) sobrevive uma empresa, certo? Nos últimos anos, as organizações têm valorizado ainda mais o desenvolvimento de competências socioemocionais, as chamadas “soft skills”.
E isso não é por acaso. Os gestores perceberam que colaboradores resilientes, criativos e comunicativos são muito mais adaptáveis às mudanças e são agentes transformadores, que impulsionam seus ambientes de trabalho e são sempre adeptos ao novo.
Por essa razão, é importante também analisar se os seus candidatos possuem características como: visão analítica, pensamento crítico, habilidade de mediação e capacidade de adequação.
Verifique o conhecimento em idiomas
Esse não é um requisito supremo, porém, dependendo do porte da empresa, pode ser interessante contratar um controller que possua conhecimento em idiomas, como inglês e espanhol.
Isso porque muitos profissionais precisam lidar com investidores estrangeiros, ler contratos em outros idiomas, interpretar tarifas e lidar com legislações internacionais.
Tenha um processo de Onboarding robusto
Saiba que a contratação de um novo colaborador é uma espécie de “acordo mútuo”. Isso significa que não somente a sua empresa deve estar segura dessa contratação, mas também esse novo funcionário precisa estar totalmente certo que deseja trabalhar na sua organização.
Por isso o processo de Onboarding (Boas-Vindas) é tão importante e ele começa ainda no fluxo de contratação. Ou seja, é fundamental que a sua empresa deixe claro as responsabilidades do controller, expectativas de crescimento, salários e benefícios.
Após o fechamento do contrato, o novo colaborador entra na fase de adaptação ao ambiente de trabalho e é nessa hora que o Onboarding ganha força, afinal, ele será responsável por integrar esse funcionário.
Nesse sentido, é preciso criar um processo robusto, que possua informações sobre as funções do colaborador, softwares utilizados, equipe, estrutura da empresa (local, regional e internacionalmente), cultura organizacional e outros dados.
Quanto mais detalhado for esse fluxo de Onboarding, mais rápida será a adaptação do novo funcionário e menores serão as chances de erros no seu cotidiano de trabalho ou futuros pedidos de demissão por falta de concordância com a empresa.
Valorize a aprendizagem contínua
Por fim, como visto, a profissão de controller é bastante dinâmica e precisa seguir os requisitos do mercado, especialmente no que diz respeito às mudanças legislativas ou disrupções econômicas.
Por essa razão, é fundamental que a sua empresa valorize a aprendizagem contínua, estimulando o constante desenvolvimento dos seus colaboradores não somente da área financeira, mas também de todos os outros setores.
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Você sabia que existem algumas tecnologias que podem auxiliar e simplificar o cotidiano do controller e o próprio CFO? É o caso do SAP Concur Expense.
Consistindo em sistema de gestão de despesas robusto e inovador, o SAP Concur Expense se adequa às diretrizes e políticas da sua organização, garantindo alta padronização e conformidade.
Além disso, o sistema gera relatórios completos e intuitivos, que simplificam as análises do time financeiro e torna a gestão de recursos muito mais transparente.
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