Controle de Custos Corporativos

O que é e como calcular a necessidade de capital de giro do negócio?

SAP Concur |

A necessidade de capital de giro (NCG) é um conceito essencial para garantir a estabilidade financeira e operacional de uma empresa. Trata-se de uma métrica indispensável para assegurar que a organização tenha recursos para cobrir suas obrigações do dia a dia. Sem essa análise, o negócio fica sujeito ao descontrole financeiro e ao alto endividamento.

Por meio da NCG, a empresa evita problemas de liquidez, ajusta sua realidade financeira e constrói uma trajetória sustentável para o seu crescimento. Neste artigo, explicamos melhor qual é a importância da necessidade de capital de giro, como calculá-la e de que forma ela pode auxiliar na tomada de decisões.

Confira!

O que é a necessidade de capital de giro (NCG)?

A necessidade de capital de giro é a métrica que indica se a empresa tem os recursos para cobrir despesas diárias e manter operações contínuas, equilibrando pagamentos e recebimentos. Esse indicador evita problemas de liquidez, auxilia na gestão financeira e contribui para a sustentabilidade do negócio.

A NCG funciona como uma medida da liquidez operacional da organização. Dessa forma, auxilia na identificação de períodos críticos do caixa e orienta estratégias para otimizar o fluxo financeiro.

Para que serve essa métrica?

Como instrumento da gestão financeira, a NCG é essencial para assegurar a estabilidade e a eficiência do negócio. Entenda por quê!

  • Liquidez e equilíbrio: a NCG garante recursos para cobrir compromissos diários e evitar crédito emergencial.
  • Otimização do fluxo de caixa: ajusta prazos de pagamento e recebimento, minimizando o capital parado e maximizando a circulação de recursos.
  • Decisões de investimento: proporcionam segurança para investimentos e crescimento, com mais previsibilidade e maior capacidade de controle do orçamento.
  • Negociações: com a NCG controlada, a empresa tem maior flexibilidade para negociar prazos e reduzir custos.
  • Prevenção de crises: permite antecipar desequilíbrios financeiros, aumentando a sustentabilidade e a resiliência.

Qual a importância de calcular o NCG?

Ao calcular a necessidade de capital de giro, os gestores conseguem avaliar a saúde financeira de uma empresa. Esse cálculo revela se há recursos suficientes para cobrir compromissos diários ou se é preciso recorrer a outras fontes de financiamento. Ou seja, é uma forma de ter maior previsibilidade. Conheça outras razões para aplicar esse cálculo!

  • Prevenção de problemas de liquidez: conhecer a NCG permite manter o fluxo de caixa equilibrado, prevenindo a falta de recursos para despesas essenciais.
  • Planejamento estratégico: a NCG apoia um planejamento financeiro mais seguro, alinhando crescimento com estabilidade.
  • Decisões fundamentadas: com a NCG, a empresa avalia a viabilidade de novos investimentos de forma mais assertiva.
  • Redução de dependência de crédito: um controle eficaz minimiza a necessidade de empréstimos, fortalecendo a autonomia.

Como calcular a necessidade de capital de giro (NCG)?

Calcular a necessidade de capital de giro (NCG) envolve a análise dos ativos e passivos operacionais de curto prazo para determinar o valor necessário à continuidade das operações diárias. A fórmula básica é:

 

NCG = Ativos Circulantes Operacionais − Passivos Circulantes Operacionais

 

Sendo:

  • Ativos Circulantes Operacionais: contas a receber e estoques.
  • Passivos Circulantes Operacionais: contas a pagar e despesas operacionais (como salários e aluguéis).

Por exemplo, uma empresa com R$ 200.000 em contas a receber, R$ 150.000 em estoques, R$ 100.000 em contas a pagar e R$ 50.000 em despesas operacionais teria uma NCG positiva, de R$ 200.000. Isso quer dizer que a organização tem mais do que o valor necessário para manter suas operações com recursos próprios (sem depender de empréstimos).

Como interpretar os resultados?

A interpretação do cálculo do NCG é a etapa relacionada ao uso estratégico dessa informação para a tomada de decisões. Entenda como o resultado é avaliado!

  • NCG positiva: indica liquidez saudável, com ativos superando os passivos de curto prazo, permitindo cobrir despesas sem crédito externo. No entanto, uma NCG muito alta pode sinalizar capital imobilizado em estoques e contas a receber.
  • NCG negativa: é um alerta de liquidez, indicando que os passivos superam os ativos, o que exige ajustes imediatos. A empresa pode precisar renegociar prazos ou recorrer a crédito, elevando custos financeiros.
  • NCG próxima de zero: mostra equilíbrio entre ativos e passivos, mas com menor margem para imprevistos, exigindo ajustes sazonais e uma gestão prudente do caixa para evitar déficits inesperados.

Como melhorar o capital de giro da empresa?

Para melhorar o capital de giro de uma empresa, é importante contar com tecnologias voltadas à gestão financeira, que proporcionam um acompanhamento mais preciso da realidade da organização. Com isso, diversas estratégias podem ser adotadas para otimizar o fluxo de caixa. Confira boas práticas que podem ser aplicadas!

  • Reduzir o ciclo de recebimento: negocie prazos mais curtos com clientes e adote pagamentos digitais para fortalecer ou diminuir a necessidade de recursos adicionais.
  • Gerenciar estoques: mantenha estoques mínimos e use sistemas de previsão de demanda. Isso evita capital imobilizado, liberando recursos.
  • Negociar prazos com fornecedores: estenda prazos de pagamento para preservar o caixa para outras operações, aumentando a liquidez.
  • Controlar custos operacionais: automatize processos e renegocie contratos. Isso reduz despesas e fortalece o capital de giro.
  • Usar linhas de crédito estratégicas: o crédito bem-planejado cobre necessidades sazonais sem endividamento excessivo.
  • Aumentar a eficiência operacional: automatize processos e padronize o ciclo de vendas e recebimento, para garantir maior eficiência e segurança.

Quais os outros indicadores financeiros para acompanhar?

Além da necessidade de capital de giro (NCG), outros indicadores financeiros são essenciais para a saúde da empresa. Conheça os principais!

  • Liquidez corrente: mede a capacidade de pagar obrigações de curto prazo.
  • Endividamento: avalia a dependência de financiamento externo. Quanto menor, maior a independência financeira.
  • Margem de lucro: mostra a porcentagem de lucro sobre as vendas.
  • ROI: indica o retorno sobre investimentos, sendo útil para avaliar a rentabilidade de projetos.
  • Prazo Médio de Recebimento (PMR): informa o tempo médio para receber dos clientes. Quanto menor, melhor para a liquidez.
  • Prazo Médio de Pagamento (PMP): indica o tempo para pagar fornecedores. Prazos maiores ajudam no fluxo de caixa.
  • Giro do ativo: avalia o uso dos ativos para gerar vendas; maior giro sugere eficiência.

Por meio da gestão de recursos financeiros e da necessidade de capital de giro, a empresa consegue otimizar o fluxo de caixa e dar sustentação ao seu crescimento. A interpretação e o monitoramento desse indicador, em conjunto com outras métricas, favorecem a tomada de decisões, assegurando uma reserva financeira para imprevistos.

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