Controle de Custos Corporativos
Composição do endividamento: o que você precisa saber!
Para a gestão de uma empresa, a composição do endividamento é mais que um ponto de atenção. Trata-se de um elemento central para a construção da saúde financeira e da continuidade do empreendimento.
Afinal, a partir da distribuição das obrigações financeiras, é possível mapear desde a qualidade da administração dessa área até os desafios que o negócio pode enfrentar no futuro. Isso inclui baixa liquidez, falta de capital de giro, inadimplência, perda de fornecedores por não-pagamento e outras consequências.
Para evitar o pior cenário, entenda o que significa esse indicador, a importância de compreendê-lo e como sair do endividamento!
O que é a composição do endividamento?
A composição do endividamento é um indicador da área financeira que serve para mensurar e mapear a estrutura de passivos de um negócio. A depender da fórmula utilizada, essa métrica indica o percentual de exigíveis tanto pelo prazo como pelo tipo.
Ou seja, ela dimensiona proporcionalmente quais são as obrigações de um negócio em relação ao total, incluindo as dívidas:
- com fornecedores — abrangendo produtores de matérias-primas, prestadores de serviços ou contas de pagamento mensal;
- de financiamentos — operações nas quais os recursos disponibilizados tem finalidade específica, geralmente a aquisição de bens;
- em debêntures — títulos de dívida emitidos no mercado para captar valores, que dão ao dono direitos;
- de leasing — modalidade de aluguel que conta com uma cláusula que assegura a opção de compra ao contratante no fim do acordo;
- de empréstimos — transações nas quais o que dinheiro cedido pela instituição pode ser gasto livremente;
- de impostos e taxas — obrigações monetários junto aos órgãos públicos e previstas em lei;
- com antecipação de recebíveis — pendencias que ficam em aberto quando uma organização vende exigíveis para terceiros até que o devedor quite;
- com juros e custos financeiros — encargos a serem pagos remunerar quem disponibiliza crédito.
Logo, ambos os cálculos ajudam a direcionar as decisões e ações acerca de como financiar a operação ou como pagar esses compromissos. Afinal, projetam o panorama completo. Veja a seguir os pontos essenciais para sua compreensão plena!
Há dívidas boas e ruins
A lista de itens que formam a estrutura de endividamento precisa ser classificada em componentes bons e ruins. Isso pode soar estranho, mas existem dívidas tanto positivas quanto negativas. Vamos entender?
No primeiro grupo estão as obrigações no sentido de cobrir necessidades de funcionamento, para viabilizar a formação de patrimônio ou para realizar investimentos a longo prazo e que têm baixos custos. Entram nisso, por exemplo:
- contas de luz, água, telefone e internet;
- financiamentos imobiliários ou para a aquisição de maquinário.
Já no segundo consta tudo aquilo que não precisaria ser financiado ou adquirido. Isso inclui:
- os altos juros financeiros de operações de alavancagem;
- passivos que não agregam;
- empréstimos para o capital de giro.
Além disso, essa classificação depende do percentual de ativos comprometidos para seu pagamento. Afinal, mesmo os compromissos necessários se tornam um problema quando não há como quitá-los.
Cálculo da composição do endividamento
Já está claro que há duas formas de calcular esse indicador financeiro. A primeira delas se volta a explicar quanto cada tipo de obrigação representa em relação ao todo. Nesse caso, usa a fórmula:
Composição do Endividamento = (Valor da Fonte de Financiamento /
Total do Endividamento) x 100
Nela, é preciso estabelecer uma classificação para as fontes relacionadas à formação do passivo, colocando cada compromisso da empresa em um desses agrupamentos para totalizar cada tipificação.
Assim, para saber qual é o percentual de juros na composição das dívidas corporativas, por exemplo, tem-se que descobrir qual é o seu valor e quanto é o somatório de todas elas. Supondo que sejam R$ 1.200 e R$ 15 mil, respectivamente, o resultado será 8%.
A outra maneira de mensurar isso ajuda a entender o quanto é devido a curto prazo. Diante disso, utiliza como base:
Composição do Endividamento = Passivo Circulante /
(Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo) X 100
Para exemplificar, podemos definir valores de R$ 6.850 para o passivo circulante e R$ 8.240 para o exigível a longo prazo, levando ao índice de 45,4% como resposta.
Qual é a importância de entender a composição do endividamento?
Compreender quanto cada um dos componentes do endividamento representam em relação ao total é o primeiro passo para um gestor tomar boas decisões sobre as finanças e as obrigações de um negócio. Afinal, permite entender:
- o fluxo de caixa, o capital de giro e a liquidez com base na proporção das dívidas de curto prazo;
- os custos e as possibilidades de obter crédito junto ao mercado para inovar ou crescer a partir da previsão de pagamentos;
- a margem de manobra frente a imprevisibilidades e instabilidade econômicas diante da realidade financeira da empresa;
- a qualidade das escolhas de fontes de custeio e como estão sendo direcionados os recursos da organização.
Esse indicador é essencial para uma boa administração, especialmente no gerenciamento das despesas. Seus impactos incluem a continuidade no fornecimento de insumos e os riscos associados ao empreendimento, podendo até limitar a captação de recursos financeiros.
Além disso, o panorama gerado por esse indicador revela as oportunidades disponíveis. Dessa forma, é possível analisar não apenas a situação atual, mas também planejar estratégias futuras com base nessa métrica.
Como uma empresa pode sair do endividamento?
De todos os aspectos que a composição da dívida pode revelar, o mais relevante é o nível de endividamento do negócio. Com essa informação, os gestores podem tomar medidas para reverter a situação. Para isso, é necessário adotar boas práticas, como:
- planejar a gestão do fluxo de caixa, alinhando prazos de recebimentos e pagamentos para garantir o capital de giro;
- estabelecer melhores estratégias para obtenção de recursos, evitando perdas financeiras decorrentes de más escolhas;
- quitar dívidas ruins, promovendo fontes de financiamento sustentáveis e reduzindo juros ou taxas;
- renegociar obrigações que não possam ser quitadas nos prazos estabelecidos, buscando reduzir encargos ou multas;
- analisar a precificação, os custos e as despesas, aumentando as margens de lucro enquanto minimiza desperdícios;
- promover condições para diminuir a inadimplência, garantindo que os valores devidos sejam recebidos dentro do prazo ou recuperados o mais rápido possível;
- elaborar um plano de contingência, considerando diferentes cenários e objetivos para construir uma empresa financeiramente saudável.
Conhecer profundamente a composição do endividamento da empresa é fundamental, pois permite que os gestores otimizem diversos aspectos financeiros. Além disso, fornece o conhecimento necessário para identificar e agir em diferentes cenários, seguindo as práticas recomendadas.
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