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Acessibilidade no turismo: o que saber sobre o assunto

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O turismo é uma indústria global em constante crescimento, que proporciona oportunidades únicas de explorar novos lugares, culturas e experiências. No entanto, muitas vezes, negligenciamos a importância da acessibilidade no turismo.

Neste post, abordaremos em detalhes o conceito de turismo acessível, sua relevância, os desafios de implementação no Brasil. Também mostraremos os destinos que se destacam na promoção da acessibilidade, assim como as regras e exigências aplicáveis que você poderá considerar a acessibilidade nas viagens corporativas. Confira!

O conceito de acessibilidade

Para entendermos mais sobre a acessibilidade no turismo brasileiro, é fundamental ampliar nosso conhecimento sobre o conceito de acessibilidade. Muitas vezes, quando pensamos nessa questão, a tendência é considerar que se trata apenas de adaptações em lugares públicos para garantir que pessoas com deficiência sejam incluídas na sociedade.

Isso pode incluir a instalação de rampas de acesso em calçadas para cadeirantes ou a utilização de dispositivos de voz para deficientes visuais, mas não somente esses aspectos.

Vale reforçar que oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência vai além dessas adaptações físicas, exigindo atenção ao planejamento e ações por parte dos prestadores de serviços em geral.

A presença da acessibilidade no turismo

A acessibilidade no turismo refere-se à adaptação de destinos, acomodações, transportes e atividades turísticas para atender a todas as pessoas, independentemente de suas limitações físicas ou cognitivas.

Existem quatro pilares fundamentais para promover a inclusão desse grupo em atividades turísticas. Acompanhe e entenda!

Estrutura arquitetônica: eliminação de barreiras físicas

O primeiro pilar diz respeito à estrutura física dos espaços. Isso envolve a eliminação de barreiras físicas por meio de adaptações como a instalação de rampas de acesso, elevadores, banheiros adaptados e calçadas com piso tátil para orientação de pessoas com deficiência visual. O objetivo é assegurar que o ambiente seja acessível a todos, independentemente de suas limitações físicas.

Equipamentos e acessórios adequados

O segundo pilar engloba a disponibilidade de equipamentos e acessórios projetados para atender às necessidades de pessoas com deficiência. Isso pode incluir a tecnologia assistiva, cadeiras de banho em banheiros adaptados, cardápios em braile para pessoas com deficiência visual, mapas táteis que permitem orientação tátil, além de equipamentos acessíveis para a realização de atividades turísticas. Esses recursos são essenciais para garantir que os turistas com deficiência desfrutem plenamente das experiências oferecidas.

Atendimento de qualidade

O terceiro pilar, e um dos mais críticos, é o atendimento prestado pelos profissionais que interagem com as pessoas com deficiência. Estabelecer um padrão de atendimento excepcional é fundamental para evitar situações desconfortáveis para os turistas.

A capacitação de guias turísticos desempenha um papel fundamental, uma vez que eles são responsáveis por proporcionar uma experiência agradável a todos os participantes da atividade.

Isso pode envolver auxílio na locomoção para visitantes com mobilidade reduzida, a presença de guias, intérpretes de libras para atender deficientes auditivos, orientações específicas para deficientes visuais e outras adaptações necessárias para atender às necessidades individuais dos turistas com deficiência.

Comunicação eficiente

O último pilar é a comunicação. Muitos empreendimentos turísticos possuem recursos acessíveis, como guias em braile ou recursos de áudio, mas muitas vezes não os divulgam eficazmente em suas mídias sociais ou canais de comunicação.

A falta de informações disponíveis dificulta a busca por parte das pessoas com deficiência e prejudica a acessibilidade na comunicação digital dos prestadores de serviços turísticos.

Nese sentido, é fundamental que as empresas forneçam informações claras sobre os recursos disponíveis, tornando o planejamento e a visita mais acessíveis para os turistas com deficiência.

Os desafios na implementação da acessibilidade no turismo brasileiro

Assegurar a acessibilidade no turismo não apenas atende às necessidades legais, mas também cria oportunidades para que uma parcela significativa da população desfrute plenamente das riquezas culturais e naturais do Brasil, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

Porém, no Brasil, a implantação do turismo acessível ainda enfrenta desafios significativos. Embora haja regulamentações e leis que estabeleçam padrões de acessibilidade, a conscientização e a aplicação dessas normas nem sempre são eficazes.

A falta de conhecimento de gestores, preconceitos capacitistas e outros pontos distanciam a implementação correta da acessibilidade, porém, mesmo com esses obstáculos, é fundamental continuar avançando na busca por um turismo verdadeiramente acessível. 

Os destinos que se preocupam com a acessibilidade

Felizmente, muitos destinos turísticos estão investindo em acessibilidade. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis vêm implementando políticas e estruturas que tornam os passeios e as atrações acessíveis a todos.

Além disso, destinos internacionais, como Londres, Sydney e Barcelona, também são conhecidos por sus abordagens inclusivas no turismo. A seguir, conheça os detalhes das iniciativas e características que tornam esses destinos acessíveis.

São Paulo

São Paulo tem investido na adaptação de sua infraestrutura turística. Isso inclui a instalação de rampas de acesso em calçadas, elevadores e banheiros adaptados em locais públicos e estabelecimentos comerciais.

Além disso, o sistema de transporte público de São Paulo, é equipado com acessibilidade, contando com ônibus acessíveis a cadeirantes e estações de metrô com elevadores e sinalização tátil.

A cidade também se esforça para tornar seus principais pontos turísticos acessíveis, como o Parque Ibirapuera, que oferece trilhas sinalizadas, banheiros adaptados e programas inclusivos.

Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é conhecido por suas praias, e muitas delas têm postos de salvamento adaptados, cadeiras de rodas anfíbias e esteiras de acesso à areia para garantir que pessoas com mobilidade reduzida possam desfrutá-las.

A cidade também tem investido para tornar seus locais culturais, como o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu do Amanhã, acessíveis, com rampas, elevadores e exposições que podem ser apreciadas por todos.

Outro ponto que atrai bastante os turistas no Rio de Janeiro são os eventos, principalmente o Carnaval e o Réveillon de Copacabana. Muitos esforços são feitos para tornar esses eventos acessíveis, com áreas reservadas para cadeirantes e intérpretes de libras.

Florianópolis

A capital de Santa Catarina também investe em praias acessíveis, por meio da disponibilização, em algumas delas, de esteiras de acesso à areia e cadeiras de rodas anfíbias. Além de oferecer passeios adaptados, como trilhas acessíveis e barcos com rampas e espaços para cadeiras de rodas.

Outro esforço presente na gestão de turismo da cidade é para tornar os seus eventos, como festivais culturais e esportivos, acessíveis a todos, com áreas reservadas e serviços de apoio.

Destinos Internacionais

Destinos fora do Brasil, como Londres, Sydney e Barcelona, investem em sistemas de transporte público acessíveis, incluindo ônibus, metrô e trens com acessibilidade para pessoas com deficiência.

Os pontos turísticos icônicos, como o Big Ben em Londres, a Ópera de Sydney e a Sagrada Família em Barcelona, têm infraestrutura adaptada para receber visitantes com deficiência. Além disso, em cidades como essas, são oferecidas informações turísticas em diversos formatos, incluindo braile, áudio e linguagem de sinais.

As regras e exigências

No Brasil, algumas leis e regulamentações estabelecem as diretrizes para o turismo acessível. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, é um marco importante. Ela estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade em diversos aspectos da vida, incluindo o turismo.

Além disso, a Norma Brasileira de Acessibilidade (ABNT NBR 9050) define critérios para a acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Essas normativas determinam padrões para a acessibilidade em locais públicos e privados, incluindo estabelecimentos turísticos, como hotéis, restaurantes, atrações turísticas e meios de transporte. Elas abrangem aspectos como rampas de acesso, elevadores, banheiros adaptados, sinalização em braile, entre outros.

A acessibilidade no turismo é um tema crucial que afeta não apenas os viajantes com deficiências, mas também o setor de viagens corporativas. Conhecer e adotar práticas de turismo acessível não apenas torna as viagens mais inclusivas, mas também beneficia a reputação e a imagem das empresas.

Convidamos você a compartilhar suas opiniões e experiências sobre o turismo acessível nos comentários abaixo. Juntos, podemos promover uma discussão enriquecedora e contribuir para um turismo mais inclusivo e acessível.

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